Viver um casamento pode contribuir – e muito – para uma vida mais longa

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 2 de junho de 2018 às 00:23
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:46
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Pesquisa do Reino Unido mostrou que pessoas casadas que possuem fatores de risco para doenças sobrevivem mais

A ciência já mostrou
diversas vezes benefícios associados ao casamento, como proteção da saúde
cardíaca, redução de dores e melhora no tratamento contra o câncer. Agora, um
novo estudo sugere que aqueles que tem um parceiro na saúde e na doença podem
ter uma vida mais longa e saudável.

A pesquisa,
realizada pela Escola Médica da Universidade de Aston, no Reino Unido, mostrou
que pessoas casadas que possuem algum dos três fatores mais comuns de risco
cardíaco – pressão alta, alto nível de colesterol e diabetes tipo 2 – têm mais
chances de viver mais do que pessoas solteiras com esses problemas. Segundo os
especialistas, o apoio entre os parceiros contribui para um bom estilo de vida
e melhor adesão ao tratamento.

Redução de riscos

Para chegar a esse
resultado, os pesquisadores analisaram um banco com dados de mais de um milhão
de pacientes entre 2000 e 2017. Os participantes tinham, em média, 60 anos de idade
e cada um deles foi rastreado por cerca de cinco anos. Os resultados mostraram
que os participantes com alto nível de colesterol, mas que eram casados, tinham
16% mais chance de sobreviver a esse período do que os solteiros.

O matrimônio também
foi benéfico para pessoas com diabetes e pressão alta. No primeiro grupo,
o aumento da sobrevida foi de 14% e no segundo, de 10%.

O estudo é um dos
maiores do gênero e foi apresentado durante a conferência da Sociedade
Cardiovascular Britânica, realizada em Manchester. “Nossa pesquisa sugere que o
casamento tem um efeito protetor, que se deve provavelmente ao apoio no
controle dos principais fatores de risco para doenças cardíacas”,
disse Paul Carter, principal autor do estudo, ao Daily Mail.

Apoio social

Uma pesquisa
anterior já havia sugerido que pessoas casadas têm 71% mais chances de
sobreviver a um acidente vascular cerebral (AVC) e 14% de sobreviver a um
ataque cardíaco. No entanto, o casamento não é necessariamente a causa
desses benefícios. “As descobertas não devem ser vistas como um motivo
para se casar, mas como encorajamento para que as pessoas construam fortes
redes de apoio com amigos e familiares”, disse Carter.

De acordo com Mike
Knapton, da Fundação Britânica do Coração, as interações sociais são importantes
determinantes para a saúde e o bem-estar. “Caso não seja casado, se você
tem algum dos principais fatores de risco para doenças cardíacas, você pode
recorrer a pessoas próximas para ajudá-lo a gerenciá-los”.


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