Victor Prado lança “Um nome inabitável”, seu terceiro zine de poesias

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  • Publicado em 17 de agosto de 2017 às 17:43
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:18
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Lançado pela Artefato Edições, trabalho conta com resenha de Lígia Sene e Ana Teresa Costa

Victor Prado comemora o lançamento de seu novo zine de poesias (Foto: Reprodução)

Ele só tem 21 anos, mas acaba de lançar seu terceiro zine de poesias. Com o nome “Um Nome Inabitável”, Victor Prado fez de sua obra uma forma de falar diretamente com o leitor, provocando questionamentos e sensações. Diante de sua escrita forte, o livro recebeu inclusive resenha da professora de Português Lígia Sene e de Ana Teresa Costa.

Confira abaixo:

​Resenha: “Um Nome Inabitável” de Victor Prado

por Lígia Sene e Ana Teresa Costa

Victor Prado com uma escrita densa habita o inabitável das palavras, das memórias, das ausências. Seus poemas como “um cavalo de crinas” correm por entre lembranças, pisando no barro do passado daquilo que já não serve como morada, mas que está ali, como a força do nada, como a dor da falta, do abandono, da morte, do que não aconteceu.

Nessa obra, cada estrofe nos emaranha de sentidos, formando um caleidoscópio de imagens, cada verso uma figura, um cristal atirado contra a parede, uma quebra de sentidos que se desfazem e refazem no verso seguinte, a pontuação habita na quebra do fôlego e na sequência dos anos e nas horas vividas.

Um nome inabitável é como nosso próprio nome inúmeras vezes não dito, gritado em silêncio. O nada sempre habitado, o lugar nenhum onde percorremos nossa conflituosa jornada, repleta de desafios, medos, amores e toda a beleza que nos atravessa, líquida ou sólida ao longo dos afetos, das solidões e do brotar de nuvens que os olhos acompanham, ou não.

Toda busca carrega além das lembranças, esquecimentos. Aqui tudo que foi esquecido se mostra aos pedaços por entre os versos e o calor de memórias tão táteis quanto o vapor d’água provocando a “resistência do ar”.

As imagens criadas, lúdicas e impossivelmente reais trazem à tona a força e a dor daquilo que não existe (mais) nem nunca existiu. As imagens da falta, da perda e do abstrato são como a tinta da palavra-caneta e a saliva do verbo-língua na fala e no silêncio.

Andar por essas páginas é como ler um lance de vida, indo ao encontro dos monstros no deserto para um aperto de mãos e tristezas fiadas sobre as conversas dos dias para os quais sorrimos… Todos um pouco bêbados.

| Sobre o autor |

Victor Prado tem 21 anos e é autor dos zines Mamute (2015) e Onde Eu Poderia Estar (2016), e do livro Bastardo (Editora Urutau, 2016). Site: victorprado.com.br

| Ficha Técnica |

COORDENAÇÃO EDITORIAL E PROJETO GRÁFICO
Victor Prado

ASSISTÊNCIA EDITORIAL E REVISÃO
Ana Teresa Costa

CAPA E CONTRACAPA
Igor do Vale

ARTEFATO EDIÇÕES – artefato.art.br
1ª ed. – Franca/SP,
Julho de 2017, 28 pg.

PARA COMPRAR A VERSÃO FÍSICA
R$ 10,00 + frete
Mande mensagem para fb.com/conjuntoartefato ou para (16) 981895764


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