Vereadora mineira acusada de tráfico humano com rede em Franca é absolvida

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de agosto de 2018 às 06:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:55
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Vereadora de Uberlândia tinha suposto comparsa preso em Franca em 2006

Vereadora Pâmela Volp chegou a ser condenada por favorecimento a prostituição, mas não ficará presa (Foto: Aline Rezende/Câmara de Uberlândia/Divulgação)

A vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp (PP), foi absolvida nesta quarta-feira (1º) em segunda instância pelos crimes de tráfico de pessoas e rufianismo – quando a pessoa toma vantagem da prostituição alheia.

O caso envolvia supostos comparsas da vereadora em Franca, Florianópolis e Uberlândia, segundo reportagem da MGTV, afiliada da Rede Globo em Minas Gerais. 

No entanto, a parlamentar foi condenada por pena mínima pelo crime de favorecimento à prostituição. Contudo, conforme a defesa da ré, o crime vai prescrever e ela não ficará detida.

O julgamento foi realizado no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª região em Brasília, e as decisões tomadas por magistrados da 3ª turma. 

A Procuradoria Regional Federal, através dos procuradores não informou se eles irão recorrer de  alguma sentença.  

Caso Pâmela

Em novembro de 2014, a Justiça Federal condenou sete pessoas, incluindo a vereadora, por envolvimento com o tráfico internacional de pessoas. Segundo a decisão, o esquema envolvia o tráfico de travestis e mulheres para países como a Itália e a Espanha.

Volp e outras duas transexuais foram apontadas pela Justiça como chefes do esquema e foram condenadas a cumprir a pena em regime fechado. Outras quatro pessoas tiveram penas entre seis e sete anos no regime semiaberto. No entanto, a Volp recorreu da decisão e o caso foi para segunda instância.

Crimes

Durante a Operação Caraxué, da Polícia Federal, desencadeada em outubro de 2006, foram presas nove pessoas em Uberlândia, Florianópolis (SC) e Franca

Durante a operação, a polícia encontrou 12 travestis que se prostituíam em uma casa de Volp no Bairro Chácaras Tubalina.

Os envolvidos foram acusados por crimes como tráfico internacional de pessoas, formação de quadrilha, favorecimento da prostituição e rufianismo – ou seja, tomar vantagem da prostituição alheia.


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