Verba de entidades segue na Justiça, mas preparação do Carnaval está a toda

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de janeiro de 2018 às 14:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:32
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Recursos de R$ 6 milhões aguardam decisão da Justiça; prefeito não pagou emendas impositivas

​Enquanto a novela das emendas impositivas segue na Justiça, a preparação para o Carnaval do ano que vem está a toda velocidade. O que parece ser um contrassenso é realidade na administração municipal de Franca.

Na última semana do ano, o prefeito Gilson de Souza (DEM) entrou com pedido para que a Justiça o desobrigasse de pagar cerca de R$ 6 milhões em emendas impositivas relativas ao ano de 2016. Embora a lei previsse o pagamento e houvesse recursos em caixa, o prefeito preferiu acionar o Judiciário para não pagar as instituições, que atendem a milhares de pessoas, sendo a maioria crianças e idosos, na cidade.

Por outro lado, há quem tenha total prestígio com a administração de Franca. É o caso das escolas de samba da cidade, que já têm garantidos R$ 275 mil para realizar os desfiles deste ano, após aprovação do projeto de lei do prefeito, pela Câmara, em dezembro.

No último dia 16, a Prefeitura de Franca deu mais uma prova do apreço pelo Carnaval. Abriu três processos licitatórios para contratar a estrutura para os desfiles que serão realizados na passarela do samba da Avenida Integração. 

Os processos se referem à contratação dos serviços de locação, instalação e operação de equipamentos de som, sistema de iluminação e para locação de geradores de energia. Não há previsão de gastos com tais serviços, cujos pregões presenciais acontecerão no dia 26 de janeiro, na Secretaria Municipal de Finanças.

É folia garantida para divertir a população, a exemplo dos shows de final de ano, que poderão virar alvo de investigação em razão da forma, no mínima suspeita, com que aconteceram. Já quem depende de entidades corre o risco de não ter mais o serviço, como nos casos da Pastoral do Menor e Casinha do Pão, que cancelaram projetos no ano passado por falta de repasses. Segue tudo, ao que parece, no melhor estilo da política do pão e circo.


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