Vendas nos supermercados desaceleram e caem 1,08% em setembro na região

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  • Publicado em 16 de novembro de 2018 às 19:09
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:10
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Incerteza eleitoral e recuperação lenta da economia fizeram vendas nos supermercados ficar no negativo

O faturamento real dos supermercados no estado de São Paulo (deflacionado pelo IPS/FIPE e calculado pela Associação Paulista de Supermercados), no conceito de mesmas lojas – que considera as unidades em operação no tempo mínimo de 12 meses – apresentou queda de 1,08% em setembro, comparado ao mesmo mês de 2017. Este resultado fez o acumulado do ano chegar a 2,35% de crescimento em relação ao ano passado.

“A tendência de queda no acumulado deve-se em parte à quebra das expectativas positivas que havia no começo do ano, com os problemas políticos do governo atual, e pela volta do emprego formal muito mais lenta que o esperado”, explicou o economista da APAS, Thiago Berka.

Porém, a performance do setor não pode ser considerada tão ruim, segundo Berka, mesmo com o resultado de queda nas vendas. “O cenário é de retomada mais lenta da economia, quando se compara 2018 contra 2017. Além disso, os efeitos do calendário de liberação do FGTS também contam bastante, quando R$ 43,6 bilhões foram injetados na economia no ano passado”, analisou.

Fonte: APAS

*IPS: Índice de Inflação dos Supermercados APAS/FIPE

A APAS projeta que o último trimestre do ano deve demonstrar uma recuperação maior para o setor. Além de ser uma época tradicional de vendas – Natal, Réveillon e Black Friday –, há também a definição da questão política, que favorece ao consumidor fazer planos para o futuro. Outro ponto importante para as projeções da entidade é o aumento, de forma lenta, mas consistente, do emprego formal, que chegou a 600 mil até setembro e em 11,9% de taxa de desocupação.

“Todos esses fatores combinados devem fazer o ano de 2018 fechar com o Índice de Vendas dos Supermercados variando entre 2,8% e 3,2”, projetou Berka.

Desempenho por Região

Campinas demonstrou bom crescimento nas vendas nominais de 3,56%, pela primeira vez no ano empatando com o interior do estado. A Grande São Paulo ficou com 1,43% de aumento, o que está muito abaixo das outras regiões, já que sofrem com maiores níveis de desemprego.

Informações Adicionais –
Outros Deflatores e Faturamento Nominal

Fonte: APAS

Nota Metodológica: O Índice de Vendas dos Supermercados tem como objetivo acompanhar e analisar o desempenho das vendas do setor supermercadista no estado de São Paulo através da evolução do faturamento dos Hipermercados e dos Supermercados. A pesquisa é composta por hipermercados e supermercados do estado de São Paulo. Os indicadores são divulgados tanto em caráter de mesmas lojas (que consideram apenas lojas abertas há pelo menos um ano) e de todas lojas (que consideram todas as lojas criadas no período pesquisado). As análises dos resultados auxiliam os empresários do setor na tomada de decisão com relação a reabastecimento, investimentos, compras, estoque. E de maneira geral auxilia o mercado na análise de tendências, plano de negócios, potencialidades e inserção no mercado.

Sobre a APAS – A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade tem 1.467 associados, que somam 3.294 lojas.

Sobre APAS Regional Ribeirão Preto: Em 2017, a região de Ribeirão Preto foi responsável por 5,9% do faturamento do setor supermercadista no estado, o que equivale a aproximadamente R$ 6,6 bilhões. Aqui, o setor emprega, aproximadamente, 31 mil colaboradores. Só na cidade de Ribeirão Preto o setor de supermercados faturou no ano passado R$ 1,9 bilhões, o que equivale a 29% da região e 1,7% do faturamento de todo o estado de São Paulo.

A APAS possui 10 regionais em todo o Estado e mais cinco escritórios distritais na capital paulista. A Regional Ribeirão Preto é composta por 78 cidades e possui 116 associados em toda sua área de cobertura. O empresário Rodrigo Canesin, do Supermercado Canesin, é o atual diretor regional da entidade.


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