Vacina contra gripe foi eficaz em apenas 36% dos casos nos Estados Unidos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 12:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:34
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O número é menor que a eficácia registrada em 2016 e 2017, quando o imunizante preveniu 48% das infecções

A vacina contra a gripe
aplicada nos Estados Unidos entre novembro de 2017 e janeiro de 2018 foi apenas
36% eficaz, informa análise do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças).

O
número é menor que a eficácia registrada no mesmo período em 2016 e 2017,
quando o imunizante preveniu 48% das infecções.

Em
relação à cepa H3N2 do vírus da gripe, a vacina foi eficaz em 25% dos casos —
contra os 32% registrados na temporada anterior.

A
cepa H3N2 é a mais comum nos Estados Unidos, sendo responsável por 69% das
infecções.

No
Brasil, a cepa também circula e foi responsável pela maior parte das infecções
em 2017, segundo informações da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Apesar
eficácia registrada, no entanto, o CDC continua a indicar a vacina da gripe.

O CDC afirma, entretanto, que vacinas mais eficazes são
necessárias para ampliar a proteção.

O CDC faz uma análise anual da
eficácia da vacina da gripe nos Estados Unidos. Nesta temporada, 4562 adultos e
crianças foram recrutados.

Neste
número, 45% havia tomado a vacina contra a infecção. O CDC calcula a eficácia
do imunizante ao comparar o número de infecções no grupo que tomou a vacina, em
comparação com aqueles que não receberam o imunizante.

O relatório afirma ser comum a eficácia da vacina
variar de acordo com a temporada. Normalmente, a eficácia é maior contra o influenza
A do tipo H1N1 e menor no influenza B e no A do tipo H3N2.

A eficácia da vacina contra a
gripe muda de ano para ano, e variou de 10% a 60% ao longo dos últimos 12 anos,
de acordo com o médico Robert Glatter, do Lenox Hill Hospital, em Nova York.

Ainda assim, disse o médico, vale a pena tomá-la,
até que uma vacina melhor e universal possa ser feita.

De acordo com a France Presse, pesquisas mostraram que
uma mutação na cepa H3N2 do vírus, que não apareceu na vacina produzida em
massa que é cultivada usando ovos, é a razão pela qual a vacina ofereceu pouca
proteção na última temporada.

No Brasil, a vacinação contra
a gripe costuma ocorrer em maio, antes do inverno. Na rede pública, a vacina é
destinada a pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, mulheres com até 45 dias
pós-parto, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, doentes crônicos,
trabalhadores da saúde e populações indígenas e privadas de liberdade.

Assim como os Estados Unidos, o Brasil segue
orientação da Organização Mundial da Saúde sobre as cepas de vírus a serem
utilizadas nas vacinas.

Essas cepas variam de acordo com a vigilância
feita pela OMS, mas geralmente contêm vírus inativados do H1N1, H2N3 e um tipo
de influenza B.


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