Uso de celular em sala de aula divide opiniões no ensino público do Estado

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de outubro de 2017 às 15:27
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:24
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A proposta já passou pela Assembleia Legislativa de São Paulo e aguarda a sanção de Alckmin

​No início de novembro entrará em vigor uma lei polêmica do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que permitirá a utilização de celulares em escolas estaduais no período de aulas.

Não será uma liberação total, mas já gera polêmica. Os aparelhos serão permitidos apenas para finalidades pedagógicas, com supervisão dos professores em sala de aula.

A proposta já passou pela Assembleia Legislativa de São Paulo e a proposta surgiu da própria Secretaria da Educação, que considera o impedimento um contrassenso, pois a Pasta está investindo em programas que disponibilizam, aos estudantes, conteúdos educacionais digitais, via internet.

Entre os estudantes, a aprovação é quase total. Um garoto que estuda na zona oeste da cidade afirmou que, vez ou outra, os professores autorizam o uso para alguma pesquisa ou trabalho em grupo.

“Acho que é o básico que o governo faz, até porque quem quer fazer mau uso já faz, com dados móveis, seu wi-fi. Então, dessa forma, vai ser bom para quem quer de fato utilizar o aparelho para estudos”, afirmou.

Entre os professores, porém, há preocupação em razão da falta de maturidade dos estudantes, em grande parte, para usar a ferramenta. Mas eles também convergem em afirmar que a liberação não deve mudar o hábito de muitos que já mexem no celular, para utilização particular e não pedagógica, às escondidas.

Para Marcelo Rodrigues, professor de Filosofia, a liberação do celular para fins didáticos é um grande avanço. “Hoje, numa sociedade conectada como a que vivemos, pensar a não utilização de recursos como o celular foge à realidade”, comenta.


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