Usinas de cana da região elevam cuidados para evitar incêndios nos canaviais

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de junho de 2017 às 16:05
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:13
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Fim da queima da palha da cana, que é diferente de incêndio, deixa um colchão de palha

​Mostrar para a sociedade que o fogo não está mais atrelado à cana, passou a ser mais uma tarefa para o setor sucroenergéticoNa safra 2016/17, no estado de São Paulo, quase 95% da cana foi colhida sem o emprego do fogo.

Mesmo assim, toda vez que se registra fogo no canavial, a maioria das pessoas, imprensa e até a polícia ambiental, creditam a autoria do incêndio às usinas e produtores rurais.Mostrar para a sociedade que o fogo não está mais atrelado à cana, passou a ser mais uma tarefa para o setor sucroenergético.

O Protocolo Agroambiental, firmado entre o governo do estado de São Paulo, a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) e os produtores de cana, em 2007, teve papel fundamental nesse processo, uma vez que estabeleceu 2014 como prazo máximo para as usinas e produtores signatários extinguir a queima para a colheita de cana nas áreas mecanizáveis. Já nas áreas não mecanizáveis, o Protocolo estabelece como prazo final o ano de 2017.

Mas o fim da queima da palha da cana, que é diferente de incêndio, deixa no canavial um colchão de palha, ambiente perfeito para a propagação de incêndios. Essa condição tem levado o setor sucroenergético a investir mais em suas brigadas de incêndio, do que quando realizada a queima da cana.

É o caso da Biosev, segundo maior grupo sucroenergético do mundo, com 11 unidades dividas em cinco estados e com uma área de 340 mil hectares com cana. Segundo Ricardo Lopes, diretor agrícola, historicamente, a região de Ribeirão Preto passa por um período de baixa precipitação entre junho e setembro.

“Dessa forma, devemos ter uma atenção maior as áreas com risco de queima.”Para minimizar esses riscos, a Biosev adotou certas medidas, como programar a colheita primeiro nas áreas de maiores riscos e realizar o manejo de aceiros. “Para se ter ideia da nossa preocupação, hoje temos mais caminhões do que na época em que a cana era queimada. Além disso, investimos em câmeras que monitoram as áreas e alertam em qualquer sinal de fumaça.


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