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Um dia antes da votação de projeto, prefeito Gilson de Souza já sabia que seria aprovado
O projeto mais polêmico apresentado pelo prefeito Gilson de Souza (DEM) até o momento, que mudou as regras do parcelamento de solo em Franca, foi aprovado nesta terça e demonstrou que o governo costurou uma base ampla, que conta até com o vereador tucano Donizete Mercúrio.
A matéria passou mesmo tendo irregularidades gritantes, como a falta da realização de audiência pública, e o conselho do próprio secretário de Urbanismo de Gilson, Virgílio Reis, para que os vereadores votassem contra. Foi uma vitória considerável.
O voto de Donizete não foi muito bem visto internamente, no PSDB, mas ele não deve ser questionado oficialmente sobre seu posicionamento. Gilson contou ainda com dois votos do PSB, Claudinei da Rocha e Pastor Palamoni, que teriam seguido “orientações do partido”.
Para o governo, mais importante que a aprovação deste projeto foi a constatação de que ele conta com nove votos certeiros na Câmara Municipal e que, desta maneira, tem número suficiente para aprovar praticamente qualquer coisa, salvo matérias que exijam dez votos.
A confiança de Gilson de Souza era tamanha que ele sequer mandou representantes para a Câmara a fim de buscar apoio dos vereadores. A retirada, que chegou a ser cogitada, foi descartada pelo prefeito. A CEI – Comissão Especial de Inquérito – tão falada nos bastidores sequer foi mencionada na Câmara.
A oposição, apesar de não conseguir derrubar o projeto, também demonstrou sua força. Além de Marco Garcia (PPS) e os tucanos Kaká, Adermis Marini e Tony Hill, Della Motta (PTN) também se posicionou com clareza, mesmo em um partido que oficialmente é governista, e Cristina Vitorino (PRB), que para o governo era voto certo no “sim”, sem alarde, votou contrário.
O próximo teste de força do governo acontecerá nas próximas sessões, quando será apresentado o projeto de lei que regulamenta os cargos comissionados da Prefeitura de Franca – atualmente em torno de 300.