Tratamento da depressão deve associar os aspectos médico, humano, espiritual

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de setembro de 2019 às 09:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:50
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A depressão não se impõe de um dia para outro; é um processo que vai se alojando e desarmonizando a pessoa.

Estudos indicam que a depressão está se tornando a doença do século, acometendo pessoas de qualquer idade, ou seja, desde a criança até o idoso.  

A ciência médica demonstra que são elevados os índices de pessoas que se encontram em depressão. Seria esse o mal da vida moderna.

Paulo Eduardo de Barros Fonseca, vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, diz que “a depressão pode ser caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas como tristeza constante que persiste por mais de quinze dias, queda de energia, alterações no apetite, sono e desejos sexuais, choro fácil, etc”.

Todavia, a depressão não se manifesta de um dia para outro, porque é um processo lento que vai se alojando e desarmonizando a pessoa.

Seja no aspecto médico, humanístico ou espiritual, a prevenção está no autoconhecimento, no amor a si mesmo e ao próximo. 

Há de se ter consciência de que cada pessoa é como é e não como gostaríamos que fossem.

O tratamento desse mal, em sendo aceito pelo indivíduo, deve associar os três aspectos referidos – médico, humanista e espiritual -, pois que juntos trazem um melhor resultado. 

Por evidente, na área da saúde, a terapêutica para suprir a falta de neurotransmissores no cérebro a ser adotada será prescrita pelo profissional médico e, eventualmente, pelo psicoterapeuta. 

Nas relações humanas, principalmente a família e os amigos terão papel importante prestando apoio, estímulo e incentivo constante na busca dos recursos para a melhora do doente. 

No campo espiritual, é de ser investigada a causa da doença, devendo ser propiciado a pessoa uma recepção fraterna, de modo que a mesma se sinta apoiada e reconfortada, bem como que seja propiciado o descongestionando determinados centros de força do corpo, e o estimulado para o estudo que consola e traz esperança.

Há de se cuidar para que não seja acrescentado ao estado de depressão o fator agravante e mantenedor do processo chamado de obsessão, pelo qual há interferência de energias negativas que contribuem para o processo depressivo.

É de se lembrar de que “o coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos.” (Provérbios, 17-22).

Assim, é importante cultivar o bom ânimo, os pensamentos saudáveis, as ações produtivas, acreditando naquilo que estamos realizando, colaborando, dessa forma, para o equilíbrio, reequilíbrio e bem-estar do corpo e do espírito.


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