Tolerância zero!

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 19:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:33
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A relação entre
treinadores e repórteres está se tornando insuportável no futebol brasileiro. A
ausência de tolerância e compreensão por parte desses profissionais,
cresce a cada dia.  Haja vista o que aconteceu após o empate por 1 a 1, na noite dessa
quarta-feira, contra o Atlético-AC, na Arena da Floresta, no Acre, o técnico do
Galo, Oswaldo Oliveira, perdeu a cabeça com um jornalista e precisou ser
contido para não partir para agressão. Agora um novo capitulo: o radialista Léo
Gomide foi proibido de entrar na Cidade do Galo.

O Atlético comunicou, através do diretor de
futebol Alexandre Gallo, que o jornalista está proibido, “até segunda ordem”,
de entrar na Cidade do Galo. Segundo o dirigente, a decisão foi tomada pelo
presidente Sérgio Sette Câmara. 

Penso que os dois estão errados. Falta
educação, bom senso e jogo de cintura. Respeito então nem se fala… Ser
repórter nos dias de hoje, não é bolinho. Mesmo porque, os treinadores em sua
maioria interpretam as perguntas de maneira errada, as distorcendo. Pelo
simples fato de saírem de cabeça quente após maus resultados de suas
respectivas equipes. Então, nós repórteres acabamos pagando o pato.  Certa
vez num jogo de basquete, senti na pele a ira de um técnico. Depois do
duelo fui entrevistá-lo e notei no semblante dele um ar de insatisfação
perfeitamente compreensível. Pois sua equipe, acabara de ser derrotada pelo
Franca Basquete no Estadual. Assim que o abordei com educação e perguntei se
seria possível me conceder uma entrevista, ele me disse o seguinte: não vou lhe
conceder entrevista nenhuma. Você não passa de um profissional mal preparado e
desinformado… Abaixei a cabeça e me afastei pensativo. Mas logicamente o
sangue subiu pela cabeça. Para minha sorte, um amigo que estava ao meu lado me
desaconselhou a ir tirar satisfações com o treinador na época do Rio
Claro. Realmente, depois descobri que a fama dele é de ser antipático e
mal educado. “Calar é ouro, falar é prata”.

*Esta coluna é semanal e atualizada às quintas-feiras.


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