Tempo gasto no computador afeta bem-estar dos adolescentes

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de maio de 2018 às 17:37
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:44
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Aspectos como autoestima, satisfação com a vida e felicidade é baixo entre adolescentes que usam muito o pc

Ficar em frente a telas para navegar
na internet, acessar redes sociais ou jogar videogame tem impacto negativo no
bem-estar de adolescentes. A tese é de uma pesquisa conduzida por três
acadêmicos das universidades da Georgia e de San Diego, nos Estados
Unidos, publicada neste ano.

Os investigadores analisaram dados de
um levantamento anual feito no país com respostas de mais de 1 milhão de
meninos e meninas.

Os pesquisadores observaram os
índices de bem-estar, entendido como uma sensação a partir de diversos
critérios, e identificaram uma queda brusca, desde 2012, em aspectos como
autoestima, satisfação com a vida e felicidade. O estudo revelou também redução
no sentimento de satisfação como um todo, menos entusiasmo dos jovens na
relação com amigos e na diversão e queda da sensação de segurança.

Ao buscar as causas da redução,
chegaram à conclusão que quanto maior o uso de computadores e dispositivos
eletrônicos, menor o bem-estar relatado pelos adolescentes entrevistados.
Aqueles que usam meios eletrônicos por seis horas ou mais tiveram índices de
infelicidade quase o dobro da média.

As atividades de maior impacto
negativo foram: navegar na internet, jogar videogame e acessar redes sociais.
Os adolescentes que gastam muito tempo em redes sociais apresentaram índice 68%
maior de infelicidade. O efeito negativo sobre o bem-estar foi maior entre os
adolescentes de menor idade do que entre os mais próximos da vida adulta.

Já aqueles jovens que passam menos
tempo em frente a telas e que realizam outras atividades se disseram mais
felizes. Entre as atividades relacionadas estão estudos, passeios, prática de
esportes e interações sociais presenciais com a família, amigos e conhecidos.

“A combinação de interações sociais
presenciais menores (que estimulam o bem-estar) e o uso de comunicações
eletrônicas mais constante (que impactam negativamente o bem-estar) podem ser
duas causas possíveis e relacionadas do declínio do bem-estar psicológico”,
afirmaram os autores no estudo.

Um dos fatores que estimularam o
maior consumo de serviços eletrônicos, na avaliação dos autores é a
disseminação de smartphones.
Segundo o estudo, a presença de smartphones
entre adolescentes pulou de 37% em 2012 para 73% em 2015. Além disso, o tempo
crescente que os jovens gastam no uso de dispositivos eletrônicos tem impacto
na qualidade do sono e pode, acrescentam os autores, levar ao vício.


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