Sem poder de articulação, Gilson vai acumulando derrotas para a oposição

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de maio de 2018 às 20:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:44
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Projeto de Adermis, que seria adiado a pedido do prefeito, foi votado e aprovado à revelia do governo

O prefeito Gilson de Souza (DEM) tem demonstrado um pífio poder de articulação com os vereadores de Franca. As derrotas na Câmara vão se acumulando, mesmo tendo ele uma base “virtual” com pelo menos 11 vereadores. Virtual, porque na prática até mesmo a base tem contestado o seu governo.

Nesta terça-feira, um projeto despretensioso de Adermis Marini (PSDB) desencadeou um desgaste desnecessário ao prefeito de Franca. O projeto previa uma autorização – e não imposição – para que a Prefeitura emitisse carteirinhas de estacionamento preferencial a entidades que cuidam de pessoas com deficiência na cidade.

O projeto não cria custos, não gera problemas para o governo e até mesmo Gilson poderia tirar algum capital político com a aprovação. Mas, aparentemente, pelo fato de ser um projeto do opositor Adermis, houve uma tentativa de protelar a votação.

Orientado diretamente pelo gabinete, Pastor Otávio (PTB) pediu o adiamento do projeto dizendo que a emissão da carteirinha não é prevista por lei específica de trânsito. O problema é que o projeto simplesmente “autoriza” o município a fazer e não impõe. 

Pastor Otávio não contou com o apoio dos demais vereadores, que ainda fizeram duras críticas ao prefeito e, indiretamente, à sua assessoria. “O governo não tem o que fazer e fica procurando pulga em cabeça de piolho”, provocou Marco Garcia (PPS).

O projeto foi votado, com a negativa do pedido de adiamento, a aprovada sem qualquer dificuldade. Um desgaste desnecessário para Gilson e mais uma derrota sem qualquer sentido do prefeito na Câmara dos Vereadores.


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