Segundo o INCA, tabagismo é principal fator de risco para câncer de bexiga

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  • Publicado em 6 de julho de 2019 às 19:49
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:39
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Mais de 50% dos casos estão associados à exposição às substâncias tóxicas contidas na fumaça de cigarros

Assintomático
e de baixa incidência. Apesar do câncer de bexiga ser pouco conhecido, ele tem
atingido um número expressivo de pessoas no país, acometendo em sua maior parte
homens, brancos e idosos acima de 65 anos. De acordo com o Instituto Nacional
do Câncer (Inca), até o final de 2019, serão 9.480 mil novos casos da
neoplasia, sendo 6.690 em homens e 2.790 em mulheres.


“Mais de 50% dos casos de câncer de bexiga estão associados ao tabagismo
sendo ele ativo ou passivo. Outras condições, como inflamações crônicas do
trato urinário, exposição prévia à quimioterapia e radioterapia e a substâncias
tóxicas – sobretudo derivados do petróleo – também estão na lista de fatores de
risco”, explica Cristiane Mendes, oncologista do InORP Grupo Oncoclínicas.

A médica reforça ainda que algumas profissões têm risco maior de desenvolver o
câncer. “Metalúrgicos, pintores, trabalhadores da indústria da borracha,
do couro, têxteis e elétricos, mineradores, profissionais que utilizam cimento,
operadores de transporte, de máquinas, escavação e trabalhos que envolvem
fabricação de tapetes, tintas, plásticos e produtos químicos industriais, devem
dar prioridade na prevenção”.

Sintomas

O
câncer de bexiga, em uma fase inicial, se apresenta como uma lesão superficial
e, portanto, o paciente pode estar assintomático. Quando o tumor atinge camadas
mais profundas do órgão e invade vasos sanguíneos, músculos e nervos, o
paciente poderá apresentar sintomas como sangramento visível ao urinar,
ardência e dor na região da pelve. Se o tumor estiver mais avançado poderá
comprometer órgãos vizinhos – gerando dor retal e óssea, fadiga relacionado à
anemia, inchaço nas pernas e alteração do funcionamento do intestino.

Diagnóstico

Diante
da suspeita de tumor de bexiga, é realizado um exame -cistoscopia – em que o
urologista visualiza o órgão por dentro e colhe biópsias da área suspeita.
Exames de imagem e exames de sangue completam o estadiamento da neoplasia.

Tratamento

Quanto
mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Os tratamentos
vão desde cirurgia – com retirada parcial ou total da bexiga, dependendo de
quão acometido está o órgão. Após a cirurgia pode ser necessário tratamentos
complementares – como imunoterapia ou quimioterapia.

Para tumores avançados ou na situação em que o paciente não tem condições de
ser submetido a uma cirurgia radical, é possível o tratamento com radioterapia
associado ou não a um quimioterápico. “É importante lembrar que
imunoterapia ou quimioterapia também são opções no cenário onde a doença gerou
metástases para outros órgãos”, ressalta Dra. Cristiane. Outras condições
benignas podem causar sangramento na urina, dentre elas: infecção do trato
urinário, pedra nos rins, inflamação da próstata, bexiga ou uretra.
“Diante qualquer alteração do hábito urinário é importante que se faça
investigação o mais precocemente possível”, reforça a médica.


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