Segundo o INCA, Brasil terá até o final de 2017, 180 mil novos casos de câncer

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  • Publicado em 6 de março de 2017 às 16:31
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:08
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Sol é uma das principais causas de câncer não melanoma, tumor maligno que mais atinge os brasileiros

Por
conta da exposição diária ao sol é preciso que os cuidados com a pele sejam
dobrados para evitar os efeitos nocivos dos raios solares, fator tido como uma
das causas principais do aumento nos índices de tumores de pele entre a
população brasileira. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país
registrará até o final de 2017 cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele –
valor que corresponde a 30% de todos os casos de tumores malignos no Brasil.

Os
melanócitos e queratócitos (células da pele) são os principais envolvidos no
processo de fotoproteção e quando expostos ao sol podem aumentar em número e
tamanho. O câncer de pele ocorre quando há um crescimento excessivo dessas
células que compõem a pele, podendo ser distinguidas em melanoma e não
melanoma.

De
acordo com Daniela Pezzutti, oncologista do Centro Paulista de Oncologia
– CPO (Grupo Oncoclínicas), em geral, as pessoas tendem a relacionar o câncer
de pele exclusivamente ao melanoma. Contudo, 95% dos casos de tumores cutâneos
identificados no Brasil são classificados como não melanoma, um índice que está
diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do
sol. Por isso, é preciso estar atento aos sinais de alerta.

“Geralmente,
os principais sintomas de câncer não melanoma são lesões cutâneas com
crescimento rápido, com sangramento, ulcerações que não cicatrizam, seguidas de
coceira e algumas vezes dor aparentes em áreas muito expostas ao sol como
rosto, pescoço e braços”, explica Pezzutti.

Fique atento às precauções que previnem o câncer de
pele

Para
pessoas que costumam ficar expostas ao sol, é preciso reforçar o uso do
protetor solar diariamente, principalmente no rosto. Se a exposição aos raios
solares for maior, como na praia ou piscina, por exemplo, é importante abusar
do protetor no corpo todo, usar chapéus e evitar horários em que a incidência
solar esteja mais forte.

“Pessoas
de pele clara, cabelos claros e sardas são mais propensas a desenvolver o
câncer de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto
mais tempo de exposição da pele ao sol, mais envelhecida ela fica, aumentando
também a possibilidade de surgimento do câncer não melanoma.”, destaca a médica.

É
importante a avaliação frequente de um especialista (dermatologistas) para
acompanhamento das lesões cutâneas. A análise da mudança nas características
destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce. O
dermatologista tem o papel de orientar uma proteção adequada para descobrir os
possíveis riscos que os raios solares de verão podem causar na pele.

Entenda os diferentes tipos de câncer de pele e os
possíveis tratamentos

O
câncer de pele não melanoma pode ser classificado em: carcinoma basocelular,
que é o tipo mais frequente, em que o crescimento normalmente é mais lento. O
diagnóstico se dá usualmente por um aparecimento de uma lesão nodular rosa com
aspecto peroláceo na pele exposta do rosto, pescoço e couro cabeludo e
carcinoma espinocelular, mais comuns em homens, formando um nódulo que cresce
rapidamente e com ulceração (ferida) de difícil cicatrização. “Tanto o
carcinoma basocelular quanto o espinocelular ocorrem pela alta exposição dos
raios solares e devem ser prevenidos com protetor solar e consultas frequentes
com dermatologista”.

O
câncer de pele melanoma é o mais agressivo. São geralmente os casos que iniciam
com o aparecimento de pintas escuras na pele, que apresentam modificações ao
longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o “ABCD”-
Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro. “A doença é de fácil
diagnóstico quando existe uma avaliação prévia das pintas”, finaliza Pezzutti.

É
recomendável à ressecção cirúrgica destas lesões por especialista habilitado
para adequada abordagem das margens ao redor da mesma. Posteriormente,
dependendo do estágio da doença, pode ser necessária a realização de tratamento
complementar. Quimioterapia ou radioterapia são raramente necessárias visto
que, se diagnosticado precocemente, a cirurgia pode resolver na maioria dos
casos.