Segunda possível vítima de padre de Paraíso é ouvida em delegacia

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 30 de julho de 2017 às 11:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:17
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Coroinha, hoje adulta, teria tido “relacionamento” com o padre há 8 anos

Abusada há cerca de 8 anos, uma possível segunda vítima do padre Enoque Donizetti de Oliveira, de 62 anos,que apareceu em um vídeo beijando uma coroinha de 14 anos em Arceburgo, cidade de cerca de 10 mil habitantes do Sul de Minas (126 km de Franca), foi ouvida na Delegacia de Guaxupé, na mesma região, na manhã de sexta-feira (28).

De acordo com a Polícia Civil (PC), a garota que aparece no vídeo que causou grande repercussão na cidade prestou depoimento ainda na quinta-feira (27), quando teria indicado essa outra possível vítima. 

Nos próximos dias a corporação deverá repassar novos detalhes sobre este outro abuso que pode ter ocorrido.

A defesa do padre Enoque,ainda teria informado que seu cliente se apresentaria na delegacia, não afirmando quando isso aconteceria. O suspeito ainda não compareceu à unidade policial. 

O pároco. hoje residente em São Sebastião do Paraíso, a 77 km de Franca, informou apenas que foi orientado por seu advogado a não conversar com a imprensa por enquanto.

O vídeo em que o padre padre Enoqueaparece beijando a adolescente, quando ela estava sem a blusa e o sutiã, foi publicado nas redes sociais e chegou até a Polícia Militar (PM) na quarta-feira (26), sendo repassado à PC. 

A princípio a adolescente negou os abusos, dizendo que seria melhor resolver a situação entre os membros da igreja, porém, após as imagens serem apresentadas, ela acabou confessando. 

Ela contou que foi ela mesma quem gravou o vídeo, gravado em março deste ano. Ela disse tê-lo enviado para outro coroinha da igreja e que as imagens acabaram vazando. 

As imagens foram editadas, com cortes no início e no fim do vídeo, mas a adolescente não quis contar o que aconteceu no restante do vídeo. 

O vídeo mostra o padre padre Enoquedebruçado sobre a garota e, apesar do áudio ruim, segundo a polícia, é possível ouvir o padre dizendo em determinado momento que “se sangrar é normal”. 

A Polícia Civil investiga se houve conjunção carnal, entretanto, apenas o beijo dado pelo padre na adolescente já é considerado estupro.


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