Saúde alerta para prevenção e diagnóstico precoce de doença renal

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de março de 2019 às 16:17
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:26
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Dia Mundial do Rim é lembrado nesta quinta, 14. Doença pode ser assintomática, dificultando diagnóstico

No Dia Mundial do Rim, lembrado nesta
quinta-feira, 14 de março, o Ministério da Saúde alerta para a prevenção e o
diagnóstico precoce da doença renal crônica.

No Brasil, o envelhecimento
populacional e as doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e
diabetes, são considerados pela pasta importantes fatores de risco.

A doença renal crônica leva a uma
redução da capacidade dos rins de remover resíduos e excesso de água no
organismo e pode ser classificada em seis estágios, conforme a perda renal.

Na maior parte do tempo de evolução,
o quadro é assintomático, fazendo com que o diagnóstico seja tardio e o
paciente precise passar por hemodiálise.

Dados do estudo Saúde Brasil 2018
mostram que pessoas entre 65 e 74 anos apresentaram, em 2017, a maior taxa
de realização de terapia renal substitutiva em relação às demais faixas etárias
– 785 para cada grupo de 100 mil pessoas.

A maior predominância foi entre
homens, com taxa de crescimento anual de 2,2% contra 2% entre o sexo feminino.
A raça, cor predominante, é a branca (39,6%), seguida pela parda
(36,1%), preta (11,4%), amarela (1,2%) e indígena (0,1%).

A maior taxa de pessoas em alguma
modalidade de terapia renal substitutiva foi registrada no Sudeste, com 236
pessoas para cada grupo de 100 mil.

Em seguida, estão Centro-Oeste (229
para cada grupo de 100 mil) e Sul (208 para cada grupo de 100 mil). Os índices,
segundo o levantamento, aumentaram em todas as regiões do país, sendo 3,9% no
Norte, 3,3% no Nordeste, 3,2% no Centro-Oeste, 1,7% no Sudeste e 0,6% no Sul.

O estudo revela ainda que a
hemodiálise foi a modalidade de terapia renal substitutiva mais frequente no
país entre 2010 e 2017, com média de 93,2% contra 6,8% de diálise peritoneal.
feita por meio de cateter, diariamente, na casa do paciente.

Prevenção

Tratar e controlar fatores de risco
como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares e
tabagismo são citados pelo ministério como as principais formas de
prevenir doenças renais.

De acordo com a pasta, as chamadas
doenças crônicas não transmissíveis respondem por cerca de 36 milhões ou 63%
das mortes no mundo. No Brasil, elas responderam por 68,9% de todas as mortes
registradas em 2016.

Entre as metas propostas no Plano de
Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis
no Brasil para 2011-2022 estão: reduzir a taxa de mortalidade prematura (menos
de 70 anos) por doença renal crônica em 2% ao ano; deter o crescimento da
obesidade em adultos; aumentar a prevalência de atividade física no lazer;
aumentar o consumo de frutas e hortaliças; e reduzir o consumo médio de sal.


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