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Empresa propôs flexibilização da jornada de trabalho, sapateiros aceitaram, mas sindicato não
Numa situação inusitada, cerca de 800 trabalhadores da empresa calçadista Carmen Steffens, de Franca, protestaram agora de manhã defronte ao Sindicato dos Sapateiros, na rua Padre Anchieta contra a própria representação da categoria.
Os trabalhadores chegaram em diversos ônibus oferecidos pela própria empresa cuja diretoria afirmou que foi proposto um acordo de flexibilização da jornada de trabalho com os trabalhadores que o aceitaram, mas o Sindicato não quis corroborar.
Os trabalhadores não concordam com o posicionamento da entidade sindical em relação à ameaça de dispensa em massa que paira sobre cerca de 200 empregados da empresa, cuja unidade de produção está localizada no Distrito Industrial.
O acordo visa a evitar as demissões, mas a entidade sindical que é afiliada da CUT é, por política sindical e partidária, contrária à redução da jornada de trabalho ou sua flexibilização, temendo que isso se espalhe por outras categorias nestes tempos de crise.
O Departamento Jurídico da Carmen Steffens propôs um acordo ao Sindicato dos Sapateiros junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, para reduzir a jornada de trabalho e salários de 200 funcionários na cidade.
Na última mesa de negociação realizada na manhã de quarta-feira, 3 agosto, o Sindicato dos Sapateiros não aceitou as normas propostas pela empresa de calçados.
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