compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Em crise financeira, hospital não tem pago médicos e funcionários, e precisou suspender cirurgias eletivas
A administração da Santa Casa de Barretos passou para as mãos da Fundação Pio XII, mantenedora do Hospital de Câncer da mesma cidade. É que aquela tradicional instituição de saúde enfrenta uma grave crise financeira, com atraso no pagamento de médicos e funcionários, e consequente suspensão de cirurgias eletivas.
A situação levou os vereadores a instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a gestão financeira da instituição nos últimos 16 anos. Entre as questões que serão analisadas estão os contratos com os médicos, os serviços terceirizados, os convênios com o Estado e um empréstimo de R$ 25 milhões junto ao Banco do Brasil.
O anúncio da nova administração foi feito no final da última semana, pelo prefeito Guilherme Ávila, ao lado do presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata, que será o novo interventor da Santa Casa.
Atualmente, a Santa Casa de Barretos presta atendimento a 19 cidades da região. Por isso, a crise financeira tem gerado insegurança a quem depende dela. “Precisamos recuperar o nome de bom pagador da instituição para obtenção de créditos, o que significa investimento”, observa o novo interventor da Santa Casa, que completa: “Mesmo pagando e renegociando as dívidas do passado, a entidade não tem crédito. Ela tem receita, mas não tem crédito e isso é o suficiente para desestabilizar. Nenhum banco ou financeira deu crédito para a Santa Casa”, diz Prata.
Segundo o presidente, não há planos de levar os médicos do Hospital de Câncer de Barretos para a Santa Casa, já que a maioria é oncologista e a unidade precisa de clínicos para a maior parte dos atendimentos.
A situação
Com a crise, agravada em agosto deste ano, o corpo clínico da Santa Casa de Barretos tem realizado apenas cirurgias de urgência e emergência, alegando que alguns médicos não recebem há até cinco meses. A equipe também se queixa das condições de trabalho, como equipamentos obsoletos e falta de materiais.