Rotatória do Champagnat: desorganização vai adiar seu final por muitos meses

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de fevereiro de 2020 às 18:31
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:21
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Tudo caminhava para ser uma solução rápida, mas a desorganização vai fazer o francano esperar mais tempo

Esse seria o projeto inicial da intervenção na rotatória do Champagnat, mas vai ser alterado. Foto: Acervo da Udecif

​A ideia do prefeito Gilson de Souza era resolver os congestionamentos na rotatória da avenida Champagnat com a avenida Ismael Alonso Y Alonso de maneira simples, rápida e eficiente. 

Bastava construir duas pontes em linha reta com as pistas da avenida Champagnat e fazer quatro alças de acesso a cada uma das pistas. Isso iria desafogar o trânsito naquele local, facilitando a vida dos motoristas.

Só faltou o prefeito Gilson de Souza combinar com os russos, ou melhor, com a Secretaria de Planejamento, que faz muita coisa, menos planejamento.

Técnicos da CPFL, da Sabesp e da Algar ouvidos, confirmaram que foram chamados para dar o parecer sobre as necessidades de intervenção na área e todas as empresas disseram que seriam serviços simples.

Pelo que se observou, a Sabesp teria pouco serviço, a CPFL teria que alterar alguns postes, mas coisa simples.

Juntando as informações, o Jornal da Franca apurou que o projeto seria executado pela Secretaria de Obras, que utilizaria estruturas pré-moldadas para fazer as pontes e implantar no local.

A implantação das alças não exigiria nem mesmo a desapropriação de áreas no local, todas elas pertencentes à municipalidade.

Ocorre que não ter combinado com os russos criou um dissabor para o prefeito Gilson de Souza, que tinha calculado entregar todo o sistema pronto em abril.Ou seja, a obra iria durar cerca de 70 dias.

Tudo mudou. Sem informações oficiais, mas baseado no que sabe pessoas consultadas sobre a nova obra, descobriu-se que a Secretaria de Planejamento não fez nenhum projeto técnico.

Sem projeto, não tem como a Secretaria de Obras executar o serviço por conta própria. Além disso, para fazer um projeto completo, surgiram outras complicações.

Agora, a Secretaria de Planejamento vai precisar fazer o projeto. Para fazer o projeto, vai precisar fazer uma audiência pública sobre impacto na vizinhança. Além disso vai ser preciso obter a licença ambiental da Cetesb.

E também será preciso realizar uma audiência pública, exigida para qualquer obra realizada no município.

Nos corredores da Prefeitura surgiu outro comentário, desta feita por quem entende de urbanismo: como não haveria nenhuma pista fazendo a conversão de um lado para outro, será necessária construir uma terceira ponte, para troca de pista.

Esta terceira ponte poderia ser instalada nas imediações da Zoomed ou Fors, permitindo que quem viesse da cachoeira da Fiat em direção ao Savegnago pudesse fazer o contorno e pegar a outra pista para adentrar a avenida Champagnat em direção ao centro.

Tudo isso contrariou sobremaneira o prefeito Gilson de Souza, que percebeu que sua equipe não joga sintonizada com seus pensamentos e vai atrasar uma obra importante, que poderia ser barata e lhe dar prestígio político.


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