Ribeirão volta a gerar empregos, mas Franca e Sertãozinho “patinam”

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de janeiro de 2018 às 01:10
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:32
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Indústria é o setor que mais demitiu nos três municípios em 2017, enquanto comércio e serviços contrataram

Depois de seis anos de queda na geração de empregos, Ribeirão Preto encerrou 2017 com saldo de 915 postos de trabalho abertos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No ano retrasado, 3,8 mil vagas haviam sido fechadas na cidade.

Franca encerrou o ano com saldo negativo de empregos, mas em recuperação, ante o resultado de 2016. Conhecida internacionalmente como capital nacional do calçado masculino fechou 196 vagas, 66% a menos do que no mesmo período do ano anterior.

Sertãozinho, por sua vez, ainda tenta se recuperar dos efeitos da crise, que devastou o setor sucroenergético, pilar da economia local. A cidade fechou o ano com 714 postos de trabalho a menos, alta de 45% em relação a 2016, quando o saldo foi de 491 vagas fechadas.

Professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP), Edgard Monforte Merlo afirma que a expectativa é de que o país cresça entre 3% e 5% em 2018, o que deve refletir diretamente na geração de empregos.

Indústria

A indústria é o setor que mais demitiu nos três municípios. Mas, em Ribeirão, particularmente, o cenário é de recuperação: o número de vagas fechadas passou de 767 para 448 nos últimos dois anos. Em Franca, a queda de 66% foi a mais acentuada.

Em Sertãozinho, o número de vagas fechadas saltou de 555, em 2016, para 796, no ano passado. O resultado, no entanto, ainda é melhor do que o registrado há dois anos, quando o setor fechou 2.192 postos de trabalho.

Comércio e Serviços

Comércio e serviços, por outro lado, foram os setores que mais geraram empregos nas três cidades. Em Ribeirão, por exemplo, o saldo do comércio passou de 260 vagas fechadas em 2016 para 280 contratações no ano passado.

Já o setor de serviços no município fechou 2017 com saldo de 1.764 vagas de emprego, contra saldo de 1.334 demissões no ano anterior. Em Franca, o índice saltou de 689 demissões para 301 admissões nos últimos dois anos.

Em Sertãozinho, comércio e serviços foram os únicos a encerrar o ano com saldo positivo expressivo. Juntos, os dois setores geraram 722 empregos. O setor de serviços industriais de utilidade pública manteve apenas um posto de trabalho aberto.

Construção Civil

Arrasada pela crise econômica, a construção civil custa a reagir na região, pelo menos no que se refere à geração de empregos. Em Franca, o setor abriu 73 vagas, contra 461 que haviam sido fechadas em 2016.

Em Ribeirão, apesar da recuperação, os canteiros de obras fecharam 448 postos de trabalho – no ano anterior, o corte foi de 1.480 vagas. Já em Sertãozinho, o resultado foi ainda pior, com saldo de 490 demissões, contra 563 contratações em 2016.


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