Ribeirão Preto, São Carlos e Campinas estão em alerta para dengue tipo 2

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 01:31
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:21
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Ao todo, 19 cidades paulistas registraram 610 casos de dengue em janeiro. Sintomas do tipo 2 são mais graves

Dados da Secretaria da Saúde de São Paulo apontam que as regiões de Ribeirão
Preto, São Carlos e Campinas estão em alerta para a circulação da dengue de
sorotipo 2, que é mais grave. Até 2016, ainda segundo o Estado, a maioria dos casos confirmados era de
sorotipo 1.

Ao todo, 19 cidades paulistas já diagnosticaram pacientes com dengue
tipo 2, entre elas Araraquara, Barretos, Bebedouro, Espírito Santo do Pinhal,
Piracicaba, Pirangi, Ribeirão Preto, Santo Antônio de Posse e Vista Alegre do
Alto.

Em todo o estado são 610 casos de dengue. “O vírus tipo 2 tem,
proporcionalmente, mais casos graves do que os outros. Não significa
necessariamente que todos os casos de dengue 2 serão graves, mas a
probabilidade é maior”, explica o infectologista da USP Amaury Lelis Dal
Fabbro.

Segundo o especialista, os sintomas são parecidos em todos os tipos de
dengue. Apenas exames específicos conseguem diagnosticar o sorotipo do vírus.

Dal Fabbro afirma ainda que, as pessoas que já tiveram dengue ficam
imunizadas àquele sorotipo da doença. “Esses
casos de vírus tipo 2 podem ter hemorragias, ter choque, uma série de problemas
que podem, inclusive, levar o paciente a óbito. Quem nunca teve dengue, pode
pegar pela primeira vez a do tipo 2 e pode desenvolver sintomas mais graves”,
explica.

O infectologista alerta também que a forma mais eficaz de se evitar uma
epidemia de dengue é eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, que além
dessa doença também é capaz de transmitir o vírus da Zika, a Chikungunya e a
Febre Amarela. “A gente tem que pegar umas horas por semana para eliminar
criadouros, verificar vasos, verificar caixas d’água, para ver se não estão
destampadas, limpar o quintal, limpar o terreno, porque quanto mais próximo o
foco do Aedes estiver, maior a chance de as pessoas ficarem doentes”, conclui.

Quem já passou pela experiência sabe bem a importância da prevenção. É o
caso da vigilante Adenira dos Santos Silva, que foi diagnosticada com dengue
duas vezes e precisou ficar 15 dias em casa, afastada do trabalho, para se
recuperar da última infecção. “Cheguei a
ir ao médico e tomar soro duas vezes por dia. Então, todo mundo tem que tomar
muito cuidado. Eu tomo cuidado com os ralos, coloco sal e alvejante nos ralos,
viro os baldes, tudo para não deixar água parada e pegar dengue de novo”,
afirma.


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