Ribeirão Preto recebe livros digitais gratuitos através da Fundação Dorina Nowill

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  • Publicado em 20 de junho de 2018 às 11:16
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:49
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Projeto inclui a oficina gratuita em leitura inclusiva para 300 bibliotecários e professores de 10 cidades

O ​Governo
do Estado de S.Paulo, Secretaria da Cultura e a Fundação Dorina Nowill para
Cegos estão promovendo desde abril, mais uma importante iniciativa em prol da democratização da
leitura digital acessível. Com patrocínio da White Martins e Fox Conn, o
projeto Leitura Digital Acessível garante a produção de 12 mil livros em
formato Daisy (Digital Accessible Information System), distribuídos
gratuitamente a 1 mil instituições paulistas, entre elas, bibliotecas, escolas
públicas e projetos sociais. O implemento de novas obras nos acervos de São
Paulo conta com títulos infantis, infanto-juvenis, clássicos nacionais e internacionais,
best-sellers e quadrinhos. Ribeirão Preto foi uma das cidades beneficiadas, tendo realizado também, oficina gratuita de leitura.

O
Leitura Digital Acessível traz ainda uma importante inovação. Pela primeira
vez, os livros em formato acessível Daisy foram feitos com gravação de voz
humana na leitura das obras. Para o projeto, serão disponibilizadas versões
acessíveis das obras A
bruxa de Salomé
, de Audrey Wood; A
guerra não tem rosto de mulher
, de Svetlana Aleksiévitch; A insônia do vampiro,
de Ivan Jaf; Biblioteca
de almas
e Cidade
dos etéreos
, de Ransom Riggs; Escândalos
privados
, de Nora Roberts; Martin
e Rosa: Martin Luther King e Rosa Parks, unidos pela igualdade
, de
Raphaele Frier; Meu
livro de cordel
, de Cora Coralina; Não fale com estranhos, de Harlan
Coben; O orfanato
Srta. Peregrine
, livros 1 e 2, de Ransom Riggs; O outro pé da sereia,
de Mia Couto, e Os
escorpiões contra o círculo de fogo
, de Ignácio de Loyola Brandão.

“A
produção dos livros em formato acessível é uma importante maneira de
democratizar o conhecimento e acesso à cultura para milhares de pessoas com
deficiência visual, permitindo, por exemplo, a descrição de figuras e
ilustrações fundamentais para a leitura e compreensão de todo o conteúdo
elaborado por autores”, diz Alexandre Munck, superintendente da Fundação
Dorina Nowill para Cegos.

Disponibilizados
em CDs, os livros do projeto Leitura Digital Acessível possuem mecanismos de
buscas por palavras, são editados com notas de rodapé opcionais, marcadores de
texto, soletração, leitura integral de abreviaturas e de sinais, além da
pronúncia correta de palavras estrangeiras. “Com o projeto, buscamos
conferir mais independência e autonomia aos leitores cegos ou com baixa visão
de todo o Estado de São Paulo, além de acesso a obras aclamadas nacional e
internacionalmente”, comemora Munck. Vale lembrar que para acessar os conteúdos
dos livros em formato Daisy é necessário o uso de programas gratuitos como
DDReader.

Oficina de leitura inclusiva

Para
que o formato acessível seja cada vez mais conhecido e difundido é preciso ir
além da distribuição dos livros. Por isso, o projeto Leitura Digital Acessível
inclui ainda a formação de 300 bibliotecários, professores e educadores das
cidades de Araraquara, Bragança Paulista, Campinas, Mogi Mirim, Presidente
Prudente, Ribeirão
Preto
, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos e São
Paulo.

As
oficinas ministradas pela equipe da Rede de Leitura da Fundação Dorina Nowill
para Cegos são gratuitas e serão realizadas entre os meses de março e junho
deste ano. A programação da oficina envolve temas como: a pessoa com
deficiência visual e a leitura, acessibilidade e o uso dos livros em formato
acessível, além de orientações técnicas e práticas sobre o uso do livro Daisy e
informações sobre o ePub3. Os interessados em participar podem se candidatar a
uma vaga gratuita e acompanhar a agenda de oficinas pelas cidades envolvidas no
site www.redeleiturainclusiva.org.br.

Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos


mais de 70 anos, A Fundação Dorina Nowill para Cegos trabalha para que
crianças, jovens e adultos cegos e com baixa visão sejam incluídos em
diferentes cenários sociais. A instituição oferece serviços gratuitos e
especializados de orientação e mobilidade, clínica de visão subnormal e
programas de inclusão educacional e profissional. Responsável pela maior
Imprensa Braile do Brasil e da América Latina, em capacidade de produção, a
Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de
materiais nos formatos acessíveis braile, áudio, impressão em fonte ampliada e
digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de
escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil. A instituição também
oferece uma gama de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações
customizadas, sites acessíveis, audiodescrição e consultorias especializadas.
Contando com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros,
patrocinadores e voluntários, em 2017, a Fundação Dorina Nowill para Cegos foi
reconhecida pela revista Época e pelo Instituto Doar como uma das 100 Melhores
ONGs para Doar no Brasil, confirmando a seriedade de um trabalho que atravessa
décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com
deficiência visual. Mais detalhes: www.fundacaodorina.org.br.

Sobre a Rede Nacional de Leitura Inclusiva

O
projeto Rede Nacional de Leitura Inclusiva é promovido pela Fundação Dorina
Nowill para Cegos, que, desde 2013, mobiliza Grupos de Trabalho presentes nas
cinco regiões brasileiras. Estes grupos constroem ações colaborativas em prol
da leitura para pessoas com deficiência. Os Grupos de Trabalho são formados por
profissionais intermediários da leitura, pessoas com deficiência e organizações
públicas e privadas que se unem para discutir e trocar experiências sobre a
promoção dos direitos da pessoa com deficiência. Mais detalhes: www.redeleiturainclusiva.org.br


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