Responsável por controlar órgãos vitais, tireoide pode funcionar bem sem remédio

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  • Publicado em 20 de setembro de 2018 às 21:33
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:01
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Segredo para o bom funcionamento dessa glândula tão importante está em alguns alimentos

Ela é pequena e seu formato lembra o de uma borboleta. Muitas pessoas sequer sabem para que ela serve, mas não se engane: o tamanho ou a falta de conhecimento sobre esta glândula é desproporcional à sua importância. Além de ser uma das maiores glândulas do corpo – tem em média, de 15g a 25g, a tireoide é responsável por controlar órgãos vitais, como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. A glândula interfere ainda no crescimento infantil, no ciclo menstrual, na fertilidade, no peso, na memória, no humor…

Por isso, uma queda brusca nas reservas de energia, um cansaço implacável, o intestino que resolve travar, inchaços nas pernas e sem falar nos ponteiros da balança que custam baixar, estes podem ser os sinais de que a tireoide está em marcha lenta. “A pequena glândula endócrina, em formato de borboleta e localizada na parte anterior do pescoço, no famoso gogó, é responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, que regulam o metabolismo”, completa a nutricionista Bruna de Souza.

Segundo ela, o segredo para o bom funcionamento da tireoide pode estar no prato. Isto porque o principal nutriente para isso é o iodo, uma vez que a glândula utiliza este mineral – que pode ser ingerido na dieta – para produção dos hormônios. “Uma dieta adequada fornece cerca de 150 microgramas de iodo por dia, quantidade suficiente para uma adequada fabricação de T3 e T3”, diz. Fonte riquíssima de iodo, as algas marinhas oferecem uma quantidade considerável de selênio, nutrientes fundamentais para a produção de hormônios pela tireoide. Mas não exagere no consumo. “Como o sal já é rico em iodo, a ingestão reforçada desse alimento deve ser feita apenas por quem apresenta deficiência desse elemento. Isto porque, o excesso de iodo pode levar ao hipotireoidismo, que é a baixa produção de hormônios pela tireoide”, alerta.

Diversificando o prato

Outro alimento importante para o funcionamento da tireoide é a castanha do Pará. Rica em selênio e ômega-3, uma gordura poli-insaturada, ela fornece nutrientes que servem de matéria-prima para a produção de hormônios pela tireoide. “O ideal é consumir uma ou duas castanhas por dia”, afirma. A especialista também sugere adicionar a oleaginosa triturada em saladas, no arroz, em saladas de frutas ou até empanando peixes. Lembre-se apenas de consumir a castanha com moderação, já que ela é altamente calórica. Uma única unidade oferece 27 calorias.

O leite e seus derivados também entram na lista por possuírem cálcio, vitamina D, vitamina A e iodo. A quantidade diária recomendada é de três porções, podendo ser um copo de leite no período da manhã, um iogurte à tarde e duas fatias de queijo branco no fim do dia. Além destes alimentos, a gema do ovo é tão importante quanto, por apresentar carotenoides, que são uma pré-vitamina A. Desde que não sejam fritos, ovos podem ser consumidos diariamente.

E para quem ama carne vermelha, uma boa notícia: ela é fonte de zinco e selênio, importantes para a produção hormonal. Mas o ideal é limitar o consumo desse alimento a três bifes médios por semana. Para completar, a laranja, que é rica em carotenoides e vitamina C também entra na lista do bem da tireoide, assim como o óleo de peixe, que é rico em iodo. Este último pode ser encontrado no salmão, sardinha e atum, bem como na chia e linhaça.