Reajuste do Bolsa Família será anunciado ainda neste mês de março

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de março de 2018 às 01:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:37
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De acordo com o ministro Osmar Terra, o reajuste entrará em vigor entre abril e maio

O ministro do
Desenvolvimento Social, Osmar Terra, afirmou na última quinta-feira, 15 de
março, no Palácio do Planalto, que o reajuste do Bolsa Família será anunciado
ainda este mês. Questionado sobre o valor, ele disse que será maior que a
inflação, mas que o percentual ainda está sendo definido.

De acordo com o ministro, é provável que o reajuste entre em
vigor nos próximos meses. “Provavelmente (o reajuste) vai ser anunciado agora
no mês de março e deve vigorar no final de abril ou maio. A ideia é dar um
reajuste acima da inflação. E estamos estudando uma forma de compensar o
aumento do preço do gás, mas ainda não está acertado [como isso será feito]”,
disse. Perguntado por jornalistas se o reajuste será de 5%, ele chegou a dizer
que poderia ser esse valor “ou mais”, mas reiterou que a questão ainda estava
sendo definida.

Plano
Progredir

O ministro falou com a imprensa após cerimônia do Plano
Progredir, que tem ações de capacitação, incentivo ao empreendedorismo e acesso
ao mercado de trabalho e vai disponibilizar R$ 3 bilhões por ano em linha de
microcrédito para o público-alvo investir em pequenos negócios. A ideia do
governo com o Progredir, disse o ministro, é fazer com que as famílias que
recebem o Bolsa Família “percam o medo” de ter empregos formais.

Com o plano, famílias continuam recebendo o benefício por dois
meses após firmarem contrato de trabalho formal. E, mesmo deixando o Bolsa
Família após esse período, voltam a receber o benefício se perderem o emprego.

Na cerimônia de hoje foram divulgados os primeiros resultados do
Progredir. Lançado no final setembro, o plano chegou a R$ 1,94 bilhão em
microcrédito, além de 68 mil empregos formais e qualificação profissionais de
84 mil pessoas. Terra destacou que o governo Michel Temer encontrou um Bolsa
Família que não reduziu a pobreza, justificando a criação de programas
auxiliares, como o Progredir. “A existência dos programas de transferência de
renda não foi suficiente para reduzir a pobreza, só para atenuar a questão da
pobreza extrema. Mas eles não reduziram o número de pobres. A pobreza no Brasil
continua intacta. Acho que o Plano Progredir faz parte dessa nova maneira de
pensar a questão do Bolsa Família”, destacou.