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O partido não elegeu um vereador sequer nas eleições do ano passado e Gilmar foi mal votado
O PT de Franca, há duas décadas, era uma potência política em Franca. Tinha o prefeito municipal, Gilmar Dominici, uma bancada poderosa na Câmara e ampla maioria dos vereadores do lado do governo.
Eram vereadores pelo partido em 1997: Gilson Pelizaro, Jaime Batista, Pardal. Na legislatura seguinte, Pelizaro se reelegeria, tendo como companheiros de PT na Câmara, José Carlos Gomes, Lavínio Camarim, Marcial Inácio e Rubens Facirolli – cinco vereadores no total, que foram no embalo da reeleição de Dominici.
Além disso, o partido se fortalecia em todo o país para chegar à Presidência da República, com Lula, em 2003 – e depois seria reeleito.
Hoje, a realidade é outra. No ano passado, Gilmar Dominici tentou voltar à Prefeitura. Obteve votação pífia e ainda teve a candidatura impugnada. Pelizaro também tentou retornar, mas não passou nem perto.
O partido não elegeu um vereador sequer. O último remanescente da legislatura anterior, Márcio do Flórida, deixou o PT e se filiou ao PDT, mas também não chegou.
Em contrassenso à popularidade de Lula, que mesmo em meio a diversos escândalos e prestes a depor na Lava Jato continua com alta popularidade, o PT tem afundado no cenário nacional, ainda mais após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, no ano passado.
Números do Processo de Eleições Diretas (PED) do PT, realizado no dia nove em todo o Brasil mostram que, das 4,1 mil cidades onde o partido está organizado, cerca de 1.120, 27% do total, não conseguiram organizar nem sequer uma chapa de 20 filiados para compor o diretório municipal.
Nesses municípios, os diretórios serão substituídos por comissões provisórias. Entre eles estão cidades importantes como Uberlândia, a segunda maior de Minas.
Alguns dirigentes do PT admitem que o encolhimento do partido revelado pelo PED é mais um capítulo na série de reveses que levaram o PT a uma crise contínua desde o início da Operação Lava Jato, em 2014 e as prisões de petistas importantes, como José Dirceu e Antonio Palocci.
Segundo o PT, 909 cidades nem sequer se credenciaram para eleger um diretório municipal e outras 210 não conseguiram realizar a eleição. Em Franca, o diretório é presidido pelo ex-vereador Marcial Inácio