Dinheiro para obras não tem, mas Gilson de Souza cria mais 340 cargos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de março de 2019 às 07:20
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:25
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Nos bastidores, afirma-se que projeto pode ser pano de fundo para contratar “somente algumas pessoas”

O prefeito Gilson de Souza (DEM) viu seu projeto de lei para a criação de 340 cargos efetivos na Prefeitura de Franca ser aprovado pelos vereadores nesta terça-feira. 

Mas isso não significa que as contratações serão efetivadas na mesma quantidade. Ela podem ser travadas pelas limitações orçamentárias da Prefeitura.

O vereador Adermis Marini (PSDB) disse que, efetivamente, as contratações não deverão acontecer na escala que os cargos foram criados pelo prefeito de Franca.​

“Eu estava estudando a folha de pagamento da Prefeitura e nos últimos anos ela vem no limite, acima de 50%. Caiu no ano passado para 48,5%, por causa da exoneração dos cargos comissionados pelo Tribunal de Justiça. Mas com a recontratação dos comissionados e com um aumento salarial de 4 a 5% para o funcionalismo, não dá margem para contratação, senão em dezembro estoura o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse o vereador.

Para Adermis, ou o governo concede aumento ou não contrata nem 50 cargos dos mais de 300 do projeto. “O que poderia dar um suspiro, seria uma retomada do crescimento econômico e consequentemente aumentar a arrecadação pode ser um problema”, explicou.

Nos bastidores da Prefeitura, a informação é que a quantidade de cargos é apenas um pano de fundo para que Gilson contrate somente algumas pessoas certas, previamente determinadas e já aprovadas em concurso público.

“A aprovação do projeto será uma forma de chamar algumas pessoas que, sem essa lei, não poderiam ser chamadas”, informa uma fonte próxima ao Gabinete de Gilson.

Apenas quatro vereadores votaram contra o projeto de lei do prefeito: Adermis Marini, Kaká Arcolino, Della Motta e Marco Garcia. 


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