Saúde oferece mais vagas, mas negociação salarial não avança em Franca e região

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de março de 2016 às 08:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:41
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Mesmo com bom mercado, hospitais e clínicas não valorizam profissionais em Franca e região

Elaine Amaral, do Sinsaúde, com Edison Laércio, da Federação Estadual

Matéria publicada no Jornal Nacional da TV Globo mostra que ao menos duas áreas profissionais da Saúde, apesar da crise, registraram aumento de vagas: Técnicos auxiliares de enfermagem e Enfermeiros de Nível Superior e Afins. Outras áreas interligadas como cuidadores e farmacêuticos também integram a lista. 

A Presidente do Sinsaúde – Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Franca e Região, que reúne profissionais de santas casas, clínicas, hospitais e laboratórios de 17 municípios, Elaine do Amaral, afirma que a pesquisa, no entanto, é um contra-senso, quando analisada pelo foco das negociações salariais da categoria que estão em curso, com data-base em março. 

“Teremos uma Assembleia Geral nesta quarta-feira (30) na sede do Sinsaúde, para unificarmos a categoria. A proposta patronal, principalmente dos hospitais filantrópicos, como as Santas Casas, não passa de um desrespeito aos nossos trabalhadores”, disse Elaine. 

Oferecendo 0% de reposição salarial e sem sequer analisar a pauta de reivindicações do Sinsaúde, os hospitais filantrópicos da região (incluindo Santas Casas e Hospital Allan Kardec) indignaram a categoria.

O Sinsaúde lamentou o desrespeito do Sindhosfil – Sindicato dos Hospitais Filantrópicos, que representa as Santas Casas e conclamou a categoria a tomar decisões firmes durante a campanha salarial 2016-2017. 

“A data-base dos trabalhadores da saúde é 1º de março e esta assembleia marcada para a quarta-feira, dia 30, é muito importante para o futuro desta nossa negociação. Queremos colher subsídios dos trabalhadores, mas de antemão já nos negamos a negociar com quem sequer colocar um número para discussão”, disse Elaine. 

Já em relação ao Sindhosp – Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Consultórios e Laboratórios, está em negociação, proposta de reajuste salarial no percentual de 11,08%,  para pagamento retroativamente a 1º de março de 2016, relativamente à inflação do período de março de 2015 a fevereiro de 2016, apurado pelo índice do INPC IBGE.

“Nossos companheiros precisam ter uma participação firme e decisiva nas negociações, pois caso contrário não teremos força para confrontar este desrespeito dos patrões para com os trabalhadores”, comentou o vice-presidente do Sinsaúde e vereador Luiz Carlos Vergara. 

A pesquisa

Segundo a matéria do Jornal Nacional, a taxa de desemprego no país, divulgada esta semana pelo IBGE, registrou alta de 9,5%. Foi a maior desde 2012. 

Já são mais de nove milhões e meio de desempregados. Mas uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio aponta que algumas profissões, apesar da crise, registraram aumento de vagas.

Qual o segredo das pessoas que arranjaram emprego enquanto tanta gente procura e não acha? O que elas têm em comum? A resposta pode ser otimismo, confiança.

E há também os números, que revelam: em 2015, 140 profissões andaram na contramão da crise. Nestas categorias, surgiram mais de 360 mil vagas.

Só para quem limpa, conserta e cuida da manutenção de prédios foi criado o mais alto número de novos postos de trabalho: 71.500.

Esses empregos não foram encontrados no comércio nem na indústria. As oportunidades surgiram no setor de serviços.  Em bares, restaurantes e lanchonetes, foram mais de 43 mil vagas novas.

Veja a lista das profissões com aumento de vaga no último ano:

1 – Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações
2 – Operadores de telemarketing
3 – Recepcionistas
4 – Técnicos auxiliares de enfermagem
5 – Trabalhadores auxiliares nos serviços de alimentação
6 – Garçons, barmen, copeiro, sommeliers
7 – Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias
8 – Professores de nível médio na educação infantil
9 – Enfermeiros de nível superior e afins
10 – Trabalhadores agrícolas na fruticultura
11 – Caixas e bilheteiros
12 – Trabalhadores na exploração agropecuária em geral
13 – Cuidadores de crianças, jovens, adultos e idosos
14 – Farmacêuticos
15 – Trabalhadores na pecuária de pequeno porte.

Veja a matéria do Jornal Nacional


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