​Produtores rurais iniciam colheita de café em Franca e cidades da região

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de maio de 2020 às 17:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:45
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Contratações de mão de obra deverá envolver mais de 30 mil trabalhadores durante a colheita da safra de café

Mesmo com a previsão de início da colheita de café na região da Alta Mogiana para início de junho, alguns produtores deram o start em suas propriedades, principalmente com colheita manual, que exige mão de obra do trabalhador.

Um dos empresários do setor que já contratou trabalhadores da Bahia foi Carlos Roberto de Paula. 

Ele terá nas suas propriedades perto de 100 trabalhadores, devidamente registrados e recebendo toda atenção exigida pelo Ministério do Trabalho, já que em algumas das propriedades o terreno é íngreme e a mão de obra é a ideal, não havendo a utilização de máquinas. 

Em outras propriedades em Ibiraci, Ribeirão Corrente e até mesmo em Franca, os produtores já movimentam a colheita de seus cafezais. 

A colheita foi iniciada há duas semanas no sul de Minas Gerais e as altas do meio do pregão foram sustentadas com preocupações de geadas no sul de Minas Gerais nesta semana.

“As preocupações com a geada no Brasil elevaram os preços do café arábica no início da terça-feira, depois que a Somar Meteorologia informou que as ondas frias de 23 de maio e 1º de junho aumentam a possibilidade de geada em algumas áreas brasileiras de cultivo de café”, afirmou em sua análise diária.

As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), também apontam a possibilidade de geadas no início da próxima semana para a região. 

Segundo o meteorologista do Inmet, Francisco de Assis Diniz, após a passagem de uma frente fria que começou a atuar no Sul do Brasil na quinta-feira (21), as condições avançam para o Centro-Norte e posteriormente uma massa de ar polar pode atingir com grande intensidade a região do café.

Essa semana que se inicia é de grande expectativa dos produtores de Pedregulho, Jeriquara, Ribeirão Corrente, Franca, Cristais Paulista, Claraval, Capetinga, Ibiraci, Altinópolis, Patrocínio Paulista, Restinga, São José da Bela Vista e Itirapuã. 

Ainda de acordo com análise, as altas só não foram mantidas por conta da desvalorização do real ante ao dólar. Em questões de fundamentos, é esperado pelo setor que o mercado futuro tenha quedas na Bolsa em dias de alta do dólar. 

Em contrapartida, o dólar valorizado tende a incentivar as exportações do café brasileiro. Além disso, a falta de café disponível no mercado pode dar suporte aos preços em Nova York.

O mercado físico brasileiro acompanhou o exterior e finalizou a sessão com poucas variações.

COTAÇÕES 

O tipo 6 duro teve queda de 1,61% em Espírito Santo/SP, valendo R$ 610,00. Franca/SP teve queda de 1,67%, valendo R$ 590,00. Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,84%, negociado por R$ 590,00. 

Varginha/MG registrou baixa de 0,83%, valendo R$ 595,00. Campos Gerais/MG teve baixa de 0,85%, valendo R$ 585,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 602,00. Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 595,00.

O tipo 4/5 teve queda de 1,64% em Franca/SP estabelecendo os preços por R$ 600,00. Varginha/MG registrou baixa de 0,82%, negociado por R$ 605,00 e Poços de Caldas/MG teve queda de 0,83%, valendo R$ 600,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 0,90% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 660,00. Varginha/MG registrou queda de 0,79%, estabelecendo os preços por R$ 625,00. 

Campos Gerais/MG registrou baixa de 0,76%, valendo R$ 655,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 645,00. Patrocínio/MG manteve os preços por R$ 645,00.


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