Cafeicultores estimam que safra em 2020 pode chegar a 3 milhões de sacas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de julho de 2020 às 11:37
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:56
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Com início da colheita em grande parte das propriedades da Alta Mogiana, cafeicultores temem a geada

Temperaturas muito baixas podem trazer sérios prejuízos aos cafezais da Alta Mogiana. Com a chegada do clima frio, as lavouras do café por sentir um pouco. 

Por isso a preocupação dos produtores. Afora isso, cafeicultores da região estão muito otimistas com a safra deste ano por se tratar de um ano de bienalidade alta, a expectativa é que a região produza cerca de 3 milhões e 200 mil sacas de cafés de 60 quilos cada. 

A base para esse número é estipulada nas médias de produção na região.

No ano passado, nos primeiros meses após o plantio o clima não favoreceu 100% o desenvolvimento da safra, gerando um pouco de preocupação naquele período, comentou Adilson S. Machado Júnior – Coordenador de operações de café de uma das cooperativas de Franca. 

Na Alta Mogiana, a quebra de produtividade deverá ficar entre 5 e 7% abaixo do que era esperado em questão de produtividade na região. “Em volume tudo indica que será uma safra maior que em 2018”.

Durante o ano de 2019 o produtor de café enfrentou preços abaixo do que esperado pelo setor. 

Segundo Adilson, na região da Alta Mogiana, os valores não geraram impactos negativos para o produtor, tendo em vista que muitos compraram os fertilizantes de maneira antecipada, em forma de barter. 

“Mesmo com os preços tão baixos, principalmente no começo de 2019, isso não foi algo de interferência na rentabilidade do produtor seja na compra de defensivos ou fertilizantes, que ficaram dentro de uma base histórica da relação reais x sacas”, destaca o coordenador.

Apesar da aversão ao risco por conta do Coronavírus, o mercado do café ainda não foi diretamente afetado pela pandemia, ficando com valores acima do que o mercado encontrou ao longo de todo o ano de 2019.

Os estoques disponíveis atualmente em vários barracões e cooperativas conta com apenas 10%, aguardando a entrada da nova safra. 

MÃO DE OBRA 

A mão de obra na Alta Mogiana, de acordo com Adilson, é em sua maior parte feita de maneira mecanizada, o que não deve trazer grandes problemas para a região, sem registrar atrasos nos trabalhos. 

Para que os cafeicultores possam trabalhar com segurança, o Ministério do Trabalho tem orientado produtores quantos às normas de higienização e medidas de segurança.


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