​Primeira negociação salarial entre sapateiros e patrões será amanhã (16)

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 07:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:07
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Empresários da Indústria de Calçados estiveram reunidos ontem, terça (14) para conhecer a pauta

Empresários da Indústria de Calçados de Franca estiveram reunidos no início da tarde desta terça-feira (14/02) para conhecer a pauta de reivindicações dos sapateiros.

Na oportunidade, os fabricantes foram apresentados ao cenário econômico nacional e aos resultados de negociações salariais de outros setores econômicos ocorridos ao longo de 2016.

As palestras foram ministradas pelos especialistas da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

No encontro os empresários outorgaram à diretoria do Sindifranca e à equipe técnica da entidade o poder de negociar com o Sindicato dos

Sapateiros.

A primeira rodada de discussões já está marcada para o próximo dia 16/02 (quinta-feira) às 15h30, no Senai.

Na pauta da reunião foram debatidos, a análise do cenário econômico nacional por Guilherme Moreira, do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp).

Apresentação do panorama das negociações coletivas e posição do

TRT – Tribunal Regional do Trabalho – referente a dissídios coletivos, por –

Daniele Azevedo de Souza, do DESIN (Departamento Sindical da FIESP).

Exposição pelo Sindifranca e discussão pelos empresários sobre as reivindicações encaminhadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Calçados do Município.

Sapateiros

 Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados de Franca entregou ao Sindifranca – representante dos empresários do setor –, no último dia 30/01, a pauta de negociação salarial para a data-base que é 1º de fevereiro.

A proposta começa a ser debatida nesta terça-feira (14) em reunião dos patrões na sede do Sindifranca, às 13h30, com a presença de técnicos da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de SP. 

O Jornal da Franca obteve o inteiro teor do documento (veja abaixo) que foi protocolado no Sindifranca pelas lideranças dos sapateiros e que já estão pautadas para serem levadas ao conhecimento dos donos de fábrica numa assembléia da entidade patronal no próximo dia 14/02.

Em síntese, os sapateiros pedem a reposição salarial com base na inflação do período, medida pelo INPC, que deve ser de 6.58%.

Além disso, o pedido de aumento real é de 5%, o que resultaria num reajuste de 11.58%.

Há pedido também para que o piso salarial passe a R$ 1.773,78 e que os trabalhadores recebam PLR – Participação nos Lucros e Resultados – à base de 220 horas (equivalente a um salário) que seriam pagos em abril e outubro.  

Há também pedido para que a jornada de trabalho seja de 40 horas semanais (hoje são 44). 

O abono escolar seria de 30% do salário nominal por cada filho estudante de 3 a 18 anos de idade.

O pedido de cesta básica continua na pauta dos trabalhadores. Eles pedem uma cesta básica mensal com 13 itens de primeira necessidade, independente de faltas do trabalhador ou metas de produtividade.


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