Preferências alimentares estão relacionadas com os genes, segundo estudo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de março de 2020 às 14:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:27
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Pesquisa, publicada na revista Nature Human Behavior, encontrou links genéticos para 13 hábitos alimentares

​Para analisar associações genéticas e preferências alimentares, pesquisadores do Centro Riken e da Universidade de Osaka estudaram os dados genéticos e as preferências alimentares de mais de 160 mil pessoas no Japão.

A pesquisa, publicada na revista Nature Human Behavior, encontrou links genéticos para 13 hábitos alimentares. 

“Sabemos que o que comemos define o que somos, mas descobrimos que o que somos também define o que comemos”, disse Yukinori Okada, cientista da Riken IMS e professor da Universidade de Osaka, num comunicado enviado à imprensa e publicado pela CNN. 

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram dados de mais de 160 mil japoneses. 

Os dados eram do BioBank Japan Project, lançado em 2003 com o objetivo de fornecer evidências para a implementação de medicamentos personalizados. 

O projeto recolhe o DNA e informações clínicas, incluindo detalhes relacionados com o estilo de vida dos participantes, como hábitos alimentares, que foram gravados por meio de entrevistas e questionários.

Os pesquisadores descobriram nove locais genéticos associados ao consumo de café, chá, álcool, iogurte, queijo, soja fermentada, tofu, peixe, legumes e carne.

Também foram observadas variantes responsáveis pela capacidade de desfrutar de sabores amargos. 

Essa associação foi encontrada entre pessoas que gostavam de comer tofu. Aqueles que comeram mais peixe, soja fermentada, tofu e vegetais tiveram uma variante genética que os tornou mais sensíveis aos gostos ‘umami’.


+ Ciência