Prefeitura e base de Gilson tentam omitir déficit nas finanças do município

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de maio de 2018 às 07:15
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:46
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Líder do governo tanta atribuir responsabilidades ao governo anterior com informação errada

O governo Gilson de Souza (DEM) tem fechado seus balanços financeiros quadrimestrais com déficits crescentes. No último quadrimestre do ano passado, foram R$ 6 milhões. No primeiro quadrimestre deste ano, outros R$ 14 milhões.

Mas na audiência pública realizada na semana passada, foi repassada a informação, pela Secretaria de Finanças, que os R$ 38 milhões em caixa deixados pelo ex-prefeito Alexandre Ferreira (SD) estavam empenhados para pagar a folha de dezembro.

Na Câmara, o líder do governo, Pastor Otávio (PTB), utilizou essa informação para justificar a necessidade de aprovação do “projeto dos precatórios”. Não deu certo, pois ele acabou desmentido por Marco Garcia (PPS), opositor de Gilson de Souza. 

“Os R$ 38 milhões que ficaram na conta da Prefeitura em 31 de dezembro de 2016, na audiência pública nos foi informado que era o valor para pagar a folha”, disse o representante de Gilson, que foi rebatido por Marco.

“Liguei para a Neide (ex-secretária de Finanças de Alexandre e Gilson) e ela me deu retorno. O nobre colega disse que a Prefeitura pagou a folha em dois de janeiro. Acontece o seguinte: o prefeito está tão perdido e cercado de pessoas incompetentes. Mas o pagamento foi feito em 28 de dezembro de 2016. Ou seja, ficariam R$ 79 milhões. O Alexandre deixou livres R$ 38 milhões. E agora o déficit é de R$ 14 milhões”, informou Marco.

Pastor Otávio não respondeu mais nada sobre a “maquiagem” de números tentada pela Secretaria de Finanças, assim como o líder informal do prefeito, vereador Corrêa Neves Júnior (PSD), e nem mesmo seu irmão, o vereador Nirley de Souza (PP).


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