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O preço do tomate subiu na
última semana e o quilo da fruta está sendo vendido por cerca de R$ 9 em
supermercados e feiras em Ribeirão Preto e algumas cidades da região. O tipo
“cereja” está ainda mais caro e chega a custar até R$ 20.

Os produtores alegam que o
excesso de chuva afetou a produção no campo. “Choveu muito e estragou. A água
queima a folha, então queima o tomate também, estraga. A verdura vai aumentar
também, porque estraga. Subiu bem mais que o dobro”, diz o feirante Antônio
Dacanal, alegando que a caixa de tomate passou de R$ 40 para R$ 120.

Dados do Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP apontam queda no preço do tomate
durante a última semana nas quatro centrais de abastecimento pesquisadas.
Entretanto, o aumento de valor fica evidente no comparativo com o mês anterior.

Na última sexta-feira, 26 de
outubro, a caixa com 20 quilos de tomate salada era vendida a R$ 84,38 na
capital paulista, enquanto em 26 de setembro custava R$ 48,57 – alta de 73%. Em
relação a 26 de outubro de 2017, quando a caixa do mesmo produto custava R$
27,50, o preço triplicou.

Ainda
segundo dados do Cepea/USP, a caixa com 20 quilos de tomate italiano custava R$
79,17 na última sexta-feira em São Paulo. Exatamente um mês atrás, o valor era
de R$ 48,13 – alta de 64%. Na mesma data do ano passado, o preço era de R$
28,33 – aumento de 179%.

O comerciante Leandro Braghim
explica que o fim da safra do tomate no estado de São Paulo também afetou
diretamente o preço. Isso porque, o produto vendido em Ribeirão Preto está
sendo transportado de outras regiões do país, como Paraná e Minas Gerais. “Diminuiu
20% a venda devido ao preço baixo que vinha de seis, sete meses. Muitos
produtores não tiveram condições de dar continuidade, por isso está dando essa
falta. E está tendo entressafra nas regiões de Mogi Guaçu, Cravinhos, Araguari,
Catalão”, diz.

De acordo com o Cepea/USP, as
regiões de São José de Ubá (RJ) e Mogi Guaçu (SP) devem finalizar a safra do
tomate na próxima semana, o que pode reduzir a oferta no mercado e aumentar
ainda mais o preço.

Entretanto, com a possibilidade de uma colheita maior em
Sumaré (SP) e nos municípios do Sul de Minas Gerais e norte do Paraná, que
estão colhendo a segunda parte da safra de inverno, a alta não deve ser tão
significativa. “Nós vendíamos em média de 45 a 50 mil caixas por mês. Caiu para
uma média de 30, 35 mil, porque está tendo a falta e o preço elevado. Então, é
natural cair o volume de venda. Eu acredito que vai dar uma estabilizada”,
afirma Braghim.

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