População reclama que ônibus “sumiram” nesta sexta, dia de jogo na Copa

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de julho de 2018 às 07:20
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:51
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Fiscalização feita pela Prefeitura, através da EMDEF, deixa Empresa São José à vontade em Franca

Reclamações feitas por usuários do transporte coletivo ressaltam ainda mais uma realidade já apontada pelos usuários de ônibus em Franca e também por uma comissão – CEAR – da Câmara dos Vereadores: a Empresa São José faz o que bem entende em Franca.

A fiscalização sobre a empresa deve ser feita pela EMDEF – Empresa Municipal para o Desenvolvimento de Franca – mas, pelos serviços oferecidos, é possível pensar que isto não está sendo feito com afinco pela empresa pública.

Nesta sexta-feira, por exemplo, dia de jogo do Brasil pela Copa do Mundo da Rússia, em alguns pontos da cidade, os ônibus “sumiram”. Algumas linhas atrasaram e outras simplesmente não atenderam o itinerário.

​Rosana mora no Jardim Luiza e trabalha no Centro. Diariamente, o ônibus que pega passa às seis e meia. Ela chegou no ponto às seis e quinze e saiu de lá às sete e dez, após acionar um táxi, que cobrou R$ 17 pela corrida, metade do valor que ela recebe por um dia de serviço. “Simplesmente não passou. Passou um outro ônibus, quase sete horas, mas estava lotado e não parou”, disse.

Situações semelhantes se repetiram em outros pontos da cidade, também populosos e com alta demanda da população pelo transporte coletivo, como Jardim Aeroporto, Vila Imperador e City Petrópolis. Mas, aparentemente, a empresa não se preocupa, pois conta com a “parceira” Prefeitura, via EMDEF.

Prova desta “parceria”, totalmente indevida e descabida, foi o relatório da CEAR – Comissão de Assuntos Relevantes – no ano passado, que aponta para diversas irregularidades e falhas no transporte coletivo de Franca, como falta de fiscalização e serviços ruins oferecidos à população.

E curioso foi que, mesmo com tantas reclamações e insatisfação da população, a Empresa São José, segundo a mesma CEAR, simplesmente não é multada pela EMDEF e pela Prefeitura, o que abre espaço para questionamentos sobre a relação entre empresa, contratada, e poder público, contratante.

Para a próxima licitação do transporte público muita coisa precisa ser revista. A princípio, a São José, condenada em ação na Justiça, junto do ex-prefeito Gilmar Dominici, não deve participar do certame, previsto para o ano que vem. Pelo menos, com a atual razão social.


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