Polêmica: há quem diga que Franca assistiu inerte o aumento de casos covid

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de julho de 2020 às 15:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:57
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Enquanto outras cidades agiram e reduziram ao mínimo os casos de covid, Franca ficou sem profilaxia

Enquanto algumas cidades agiram e reduziram ao mínimo os casos, Franca ficou inerte na falta de profilaxia ao coronavírus. 

Na verdade, não existe um tratamento específico, mas alguns municípios tomaram a dianteira, mesmo sem comprovação científica.

A reportagem do Jornal da Franca conversou com alguns médicos, mas nenhum deles quis se identificar. A justificativa é a de que a questão extrapolou a saúde para virar questão política, com lados muito combativos.

Há os que buscam voltar à atividade econômica com celeridade, outros preferem o isolamento como medida para evitar a proliferação do vírus. Isso afasta muitos especialistas do debate, mas não impede que eles tenham uma opinião.

Para exemplificar o marasmo da área de saúde de Franca, médicos a favor de um tratamento profilático citam exemplos de outras cidade.

Em Itajaí, no estado de Santa Catarina, a Prefeitura local fez uma ação em massa, distribuindo Ivermectina, um medicamento antiparasitário para auxiliar na prevenção ao coronavírus.

A distribuição foi feita num ginásio de eventos, sem nenhum custo para a população. A Prefeitura de Itajaí adotou critérios para a distribuição.

1. O cidadão precisa assinar um termo de consentimento

2. Depois passa por triagem para informar eventuais comorbidades

3. É feita uma consulta médica para analisar a prescrição

4. Depois de tudo certo, é feita a entrega da Ivermectina

O Secretário da Saúde da cidade disse que pensou no medicamento para criar uma barreira imunológica para proteção da comunidade.

O próprio Secretário se antecipou às críticas, dizendo: “Então, vai passar uma falsa sensação de tranquilidade para a comunidade? Não, é mais um requisito para o nosso protocolo”. 

Segundo Secretário de Saúde,

1. o uso da máscara continua sendo obrigatório, 

2. a higiene qualificada com álcool gel, água e sabão continua sendo obrigatório, 

3. o distanciamento social continua sendo obrigatório.

A cidade fez um planejamento para tratar com o medicamento 100 mil pessoas. A Prefeitura mandou produzir um milhão de comprimidos no valor de R$ 5,60 cada caixinha, comprados diretamente da fábrica em Anápolis-GO.

Com objetivo de prevenir casos graves de Covid-19, o que não é um consenso entre os médicos, Ivermectina é recomendada para pessoas que precisam tratar vermes ou parasitas.

Pesquisas feitas por uma universidade da Austrália tem mostrado a eficácia desse medicamento também contra o vírus que provoca a Covid 19.

O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, afirmou que precisava fazer alguma coisa para as pessoas que estão bem, para que não peguem a doença ou para aqueles que pegarem, com sintomas leves e moderados não tenham o estado de saúde complicado.

Segundo ele, há evidências pelo mundo todo, no México, República Dominicana, Bolívia, Equador, Trinidad, Peru, Nova Zelândia e toda uma experiência interessante de observação no continente africano.

Além das pesquisas que estão sendo feitas, há evidências clínicas de que esse medicamento funciona como importante viricida e também tem um mecanismo de prevenção e proteção.

A cidade adotou o medicamento como tratamento para quem testou positivo para coronavírus, junto com azitromicina.

Quem tem um pouco de interesse no assunto, observa que em Franca houve uma acomodação, em que não se atacou o problema. Nem aconteceu o ataque ao vírus e nem aconteceu de se preparar a cidade para o registro de casos.

Um dos detalhes foi a falta de prevenção na área de UTIs. Médicos já alertavam no começo da pandemia que, se houvesse grande número de contágios, a cidade não teria estrutura para internar a todos.

Outro problema é que, apesar dos decretos estabelecendo a obrigatoriedade de máscara e distanciamento, em nenhum momento houve fiscalização adequada.

Por fim, há problemas paralelos complexos, como falta de pessoal para trabalhar na UTI. A Prefeitura ainda tentou aumentar o quadro, mas essas pessoas precisam de treinamento.

Enfim, o quadro de contaminação se agravou e atingiu um número expressivo de pessoas, muito além do que esperavam as autoridades de saúde de Franca.

Para quem observa o quadro, ainda há tempo de enfrentar o problema e amenizar um quadro que pode ser próximo de caótico.


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