Piscinão continua parado, sem destinação e gerando gastos para a Prefeitura

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de março de 2018 às 09:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:38
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Edifício inacabado foi aceito como doação do Estado pelo prefeito de Franca, Gilson de Souza

O antigo “esqueleto” de um prédio na Avenida Adhemar Pólo Filho, recentemente doado pelo Estado de São Paulo à Prefeitura de Franca, segue sem qualquer utilização dentro da estrutura do município. 

Para piorar, ainda gera custos, uma vez que recentemente passou por diversos serviços, como drenagem de água do subsolo, dedetização e obras realizadas para fechar e isolar o local, que havia virado abrigo de moradores de rua e viciados.

Há muitos rumores, como de transformar o local em um serviço de saúde, mas nada definido. Como em várias outras frentes do governo, as ideias caminham lentamente, corroborando para isso a possível falta de recursos para investimentos nos cofres da Prefeitura.

A intenção do prefeito Gilson de Souza (DEM) seria transformar o prédio em uma unidade de saúde especializada no atendimento ao público feminino. Porém, com as finanças combalidas, não há como se pensar nisso no momento.

A iniciativa de criar um Hospital da Mulher em Franca é louvável, haja vista a grande demanda deste público por atendimentos, principalmente os ambulatoriais e de rotina, uma vez que a quantidade de ginecologistas atendendo nas Unidades Básicas de Saúde está abaixo do ideal e as consultas pode demorar meses para serem agendadas.

O problema é que a vontade do prefeito parece muito distante da realidade não só por falta de organização, recursos e projetos, mas pela complexidade em se reformar o prédio. 

Segundo declarou o ex-secretário de Finanças, Sebastião Ananias, no início da gestão de Gilson, no ano passado, o custo para a conclusão do “esqueleto” seria superior a R$ 20 milhões. 

Na realidade, a Prefeitura não tem recursos, hoje, para terminar o prédio, mobiliar, comprar equipamentos e manter um Hospital da Mulher. A verba teria que vir do Estado ou da União. 

E também, para colocar a ideia em prática, teria de ser deixado de lado o Hospital de Clínicas, promessa antiga de campanha de Gilson e tido como “prioridade” ainda da época de deputado estadual.


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