Pesquisa da USP de São Carlos reduz em 30% radiação em mamografias

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 02:40
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:28
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Criação de software faz a correção de imagens feitas com menos radiação deixando-as com igual qualidade

Pesquisadores de engenharia da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos conseguiram reduzir em 30% a radiação nas mamografias sem alterar a qualidade das imagens, com o desenvolvimento de um software que corrige radiografias.

A pesquisa é realizada em parceria com a Universidade da Pensylvânia, nos Estados Unidos, e a Universidade de Tampere, na Finlândia.

A mamografia é a principal ferramenta para o diagnóstico precoce de câncer de mama. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, quase 60 mil novos casos de câncer de mama surgem todos os anos no Brasil e toda mulher a partir dos 40 anos tem que fazer a mamografia anualmente.

Os pesquisadores analisaram, por meio de um software, os exames originais em 3D de 72 pacientes e simularam como ficariam as imagens com a diminuição da radiação.

O resultado foram imagens com várias imperfeições e granulações que poderiam atrapalhar o diagnóstico. Eles então entraram com um programa de computador que recuperou a qualidade das radiografias deixando-as com a mesma resolução das imagens realizadas pelo método tradicional.

O próximo passo da pesquisa é testar a precisão do diagnóstico. Os pesquisadores acreditam que ainda seja necessário mais um ano até a nova técnica chegar ao mercado.

Mamografia é segura

Para o mastologista Carlos Erbolato, a técnica desenvolvida pela USP que pretende aperfeiçoar o exame de mamografia e reduzir a radiação é bem-vinda, mas deixa claro que os mamógrafos atuais são seguros.


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