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Há tempos a internet passou a ser motivo de preocupações para pais de crianças e adolescentes, em razão da ação de criminosos que se aproveitam do suposto anonimato para agir.

Desde criminosos pedófilos até perfis altamente perigosos, como os da Baleia Azul, Moma e Pateta, muitos marginais se aproveitam da facilidade que a rede possibilita para buscar as suas vítimas.

O alvo mais recente é o aplicativo de vídeos curtos Likee, que funciona de forma semelhante ao TikTok, o qual passou a ser motivo de alerta para pais de crianças e adolescentes. 

Muitos dos próprios usuários, em geral menores de idade, denunciam comentários de “pedófilos” na rede social.

Uma reportagem da “BBC News Brasil” publicada sobre este tema repercutiu nesta quarta-feira (26), chamando atenção para o risco de usar o app. 

O portal de notícias informou que, de acordo com a associação de combate a crimes virtuais SaferNet, denúncias envolvendo o Likee aumentaram nos últimos meses.

Embora os termos de uso da plataforma estabeleçam idade mínima de 16 anos, usuários mais novos criam perfis para si mesmos. 

Uma menina escreveu, por exemplo, a seguinte legenda em uma de suas postagens: “Aviso: pedófilos que comentarem nesse vídeo vou denunciar! É só uma dancinha”. 

Outra usuária disse: “Gente, tô passando aqui rápido para falar que estou denunciando todas as pessoas que ficam falando ‘nossa, você é gostosa, você é aquilo e isso’. Cara, vocês são pedófilos, vocês são ridículos, vocês são feitos, tá? Tomem vergonha na cara que vocês não têm”.

É possível ainda encontrar outras postagens, algumas em espanhol e outras em português, que visam a expor perfis de homens que demonstram intenção maliciosa contra as crianças.

Um levantamento do próprio Likee indica que foi feita análise em mais de 41 mil perfis apenas na segunda semana deste mês, levando-se em conta conteúdo “impróprio”.

Segundo a “BBC News Brasil”, a rede social se manifestou dizendo estar comprometida em oferecer “um ambiente seguro e confiável” a todos, além de ressaltar que usa inteligência artificial para identificar conteúdo que viola “à segurança dos jovens”. 

Caso seja necessário entrar em contato com a equipe da plataforma, foi disponibilizado o endereço de e-mail: [email protected].

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