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Ao longo de toda a temporada o Paulistano/Corpore apresentou um estilo de jogo bastante particular, pouco visto por aqui, de defesa forte, saída rápida na transição e altíssimo volume nas bolas de 3 pontos, não importa quanto tempo o relógio de 24 segundos indique.

Foi seguindo essa estratégia que a equipe alvirrubra alcançou 22 vitórias seguidas e terminou a fase de classificação em segundo. Agora, na semifinal, o plano foi o mesmo, e o resultado novamente foi positivo: vitória no Jogo 1 da série contra o Sendi/Bauru em pleno Panela de Pressão, por 78 a 72.

Equipe que mais acerta bolas de 3 pontos no NBB CAIXA, com média de 11,9 tiros convertidos por jogo, o Paulistano usou dessa arma contra o Dragão e acertou 13 arremessos longos em 36 tentativas (36%). Assim, abriu uma importante vantagem ao longo da partida e a partir daí encaminhou sua vitória.

“Esse é o nosso estilo, o time foi montado dessa forma. Gostamos de correr e ter volume de jogo. Na cabeça de outras pessoas que estão assistindo nós exageramos nas bolas de 3, mas é o estilo que escolhemos e vamos morrer abraçados com ele até o fim. Os jogadores estão confiantes e, enquanto eles mantiverem isso, vamos seguir assim”, disse o técnico do Paulistano, Gustavo De Conti.

É com esse plano de jogo estabelecido que os atuais campeões estaduais vão encarar as duas próximas partidas da série em seus domínios, começando pelo Jogo 2, que será neste sábado (05/05), no Ginásio Antonio Prado Jr, em São Paulo (SP), às 14 horas (de Brasília), ao vivo na Band e do SporTV.

Outra virtude fundamental no sistema do Paulistano é a rotação de seu elenco. O técnico Gustavo De Conti tem nas mãos peças de qualidade em todas as posições, chegando a ter duas e até três opções para cada situação.

As formações variam de acordo com a característica do adversário. De Conti falou sobre as opções de alternar os alas/armadores Kyle Fuller e Deryk Ramos. Além disso, ele explicou a escolha de Du Sommer na vaga de titular antes ocupada pelo pivô Guilherme Hubner na série quartas de final contra o Solar Cearense.

“Essa coisa de titular ou reserva não existe mais, pelo menos na minha cabeça. A gente pensa em situações que possam nos favorecer durante o jogo. O Kyle (Fuller) é um jogador muito forte fisicamente e que defende muito bem. O Deryk, que tem mais velocidade, vem depois com o time mais cansado. E é isso que a gente tenta pensar para montar o plano de jogo”, explicou Gustavinho.

“Na outra série o Guilherme (Hubner) começou de titular porque eles tinham um pivô muito pesado (Leozão) e a gente queria forçar ele a sair do garrafão para marcar o chute do Guilherme. Nessa série contra Bauru optamos pelo Du (Sommer), que tem uma defesa mais pesada, principalmente no Hettsheimeir, e tem versatilidade para marcar um jogador pequeno se precisar”, completou o treinador do Paulistano.

Uma das provas da versatilidade do elenco do CAP é que o cestinha do time, Deryk Ramos (12,4 pontos por jogo), vem do banco de reservas desde o início da temporada. Além de maior anotador, o camisa 19 é o líder em bolas de 3 pontos do NBB CAIXA, com 2,8 tiros certos por jogo.

+Estatísticas gerais de arremesso do NBB CAIXA 2017/2018

Deryk, por sua vez, revelou através de suas redes sociais uma “motivação extra” para a série contra o Bauru. Antes do primeiro jogo, em sua conta no Instagram, o jogador relembrou que o Dragão foi o time que o eliminou da semifinal do último NBB CAIXA – quando atuava pelo Brasília, por 3 a 1 – e foi também o rival da estreia com a camisa do Paulistano.​

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