OMS alerta população para impacto do cigarro na saúde cardiovascular

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de maio de 2018 às 21:35
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:46
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Uso do tabaco é importante fator de risco para doenças vasculares e do coração e derrame

Nesta quinta-feira, 31
de maio, Dia Mundial sem Tabaco, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta
para a ligação entre o cigarro e as doenças cardiovasculares, principal causa
de morte em todo o mundo.

Segundo a entidade, o
uso do tabaco é um importante fator de risco para o desenvolvimento de doença
arterial coronariana, derrame e doença vascular periférica. “Apesar
dos danos conhecidos do tabaco à saúde do coração e da disponibilidade de
soluções para reduzir o número de mortes e doenças relacionadas ao tabagismo, o
conhecimento entre grandes setores do público de que o tabaco é uma das
principais causas de doenças cardiovasculares é baixo”, informou a OMS.

Dados da organização mostram que as
doenças cardiovasculares matam mais pessoas do que qualquer outra enfermidade
no mundo, sendo que fumantes passivos respondem por aproximadamente 12% do
total de mortes por doenças do coração.

O uso do tabaco figura como a segunda
principal causa de doenças cardiovasculares, atrás apenas da pressão arterial
alta. “A epidemia global de tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas todos os
anos, das quais quase 900 mil são não fumantes que morrem por inalar fumaça
emitida por fumantes”, destacou a OMS, ao citar que cerca de 80% dos mais de 1
bilhão de fumantes em todo mundo vivem em países de baixa e média rendas.

Brasil

De acordo com o Instituto Nacional de
Câncer (Inca), 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo.
Conforme dados do Inca, 12,6% de todas as mortes registradas no país são
atribuíveis ao tabaco. Ao todo, 156.216 mortes poderiam ser evitadas todos os
anos caso o uso do tabaco fosse eliminado.

Os números mostram ainda que, no ano
passado, 73.500 pessoas foram diagnosticadas com câncer provocado pelo
tabagismo. Segundo o Inca, R$ 56,9 bilhões são perdidos a cada ano em função de
despesas médicas e perda de produtividade.


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