Obesidade e sedentarismo elevam risco de diabetes para mulheres

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de novembro de 2017 às 13:15
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:26
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Uma em cada 10 estão diagnosticadas com a doença que subiu mais de 61% na última década

Dados apresentados pelo Ministério da Saúde preocupam: o número de pessoas disgnosticadas com diabetes dos tipos 1 e 2 aumentou 61,8% nos últimos 10 anos no Brasil. E desse percentual, as mulheres são as mais afetadas – 1 em cada 10 estão diagnosticadas com a doença e os especialistas afirmam de maneira categórica que o sedentarismo e a obesidade são os grandes vilões.

Não por coincidência, a obesidade também saltou mais de 60% entre 2007 e 2017 – hoje quase 20% da população é considerada obesa, de acordo com dados do governo. Entre o grupo feminino, porém, esse índice é um pouco mais elevado: atinge 19,6% das mulheres. Quando o critério é sobrepeso, o resultado é pior: mais da metade (53,8%) dos brasileiros pesa mais do que deveria.

Em dez anos, o diagnóstico do diabetes saltou de 6,3% para 9,9% da população feminina, índice bem maior que o registrado entre os homens (7,8% da população masculina) e mais alto que a média nacional (8,9%).

Em geral, a doença afeta pessoas com menos anos de estudo e aquelas acima dos 55 anos. As mulheres com mais de 35 anos com obesidade abdominal, hipertensão arterial e triglicérides elevados são o público com maior risco de desenvolver a doença.

A obesidade abdominal ocorre entre aqueles com circunferência da cintura acima de 88 cm, no caso das mulheres, e de 102 cm, nos homens.

Todas as mulheres nessa condição estão sob o risco eminente de ter diabetes, mas muitas não se cuidam. As mulheres estão ganhando mais peso e cada vez mais precocemente – antes era por volta dos 40 anos de idade, mas agora ocorre muito mais cedo. Isso faz com que elas apresentem um risco maior de desenvolver o diabetes.


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