Nutrição: Conheça os alimentos que mais podem auxiliar à saúde do coração

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  • Publicado em 26 de março de 2018 às 16:52
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:38
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Dieta saudável e exercícios físicos reduzem riscos cardiovasculares e retardam o envelhecimento

Doenças do
coração podem afetar pessoas nas mais diferentes condições. Muitas vezes, os
problemas aparecem de forma sútil, sem afetar muito o cotidiano como um leve
aumento na pressão, dores pontuais ou famoso colesterol.

Segundo o
cardiologista Augusto Scalabrini Neto, há várias formas de diminuir os riscos
dessas doenças. Redução de estresse, evitar a obesidade, cafeína, álcool e
cigarros são alguns deles.

Mas as
principais medidas se enquadram em uma dieta saudável e exercícios físicos,
porque além de reduzir riscos cardiovasculares, também aumentam a disposição e
retardam o envelhecimento daqueles que as praticam. “Estudos recentes
demonstram claramente que as pessoas que mantêm um bom condicionamento
cardiovascular envelhecem melhor, com mais saúde e menos eventos negativos”,
explica o especialista.

Segundo o cardiologista Augusto Scalabrini Neto, a alimentação é um dos principais fatores para uma saúde equilibrada

Outro fator
determinante para se manter saudável é manter o nível de colesterol LDL (o
colesterol ruim) baixo . Logo, uma dieta com pouca gordura saturada, baixa em
carboidratos e rica em fibras pode ser o que vai manter essas enfermidades
longe. “Essa fração LDL aumenta a quantidade de gorduras no sangue, e
facilita o depósito dessas gorduras nas artérias, provocando o aparecimento das
chamadas placas gordurosas e consequentemente a obstrução das artérias, como se
fosse ferrugem em um cano”, aponta Augusto.

Por
apresentar um grande percentual de gordura saturada, a carne de porco se
enquadra neste caso e por isso, deve ser evitada.

Mas nem
todas as gorduras são prejudiciais. Embora as saturadas aumentem o colesterol
podendo induzir obstruções arteriais, as mono e polinsaturadas aumentam a
fração HDL do colesterol (o colesterol bom) e podem ter um efeito benéfico para
o coração. O colesterol “bom” remove gorduras do sangue e evita o
depósito dessas substâncias nos vasos. Portanto quanto mais alto o nível da
fração HDL, menor o risco cardiovascular.

Para ajudar
a manter os níveis de colesterol equilibrados, a alimentação é uma grande
aliada. Enquanto alguns alimentos podem deteriorar as artérias, outros podem
amparar, não somente o coração, mas a saúde do corpo de maneira integral.

O azeite
extra virgem, por exemplo, é rico em gorduras monoinsaturada, que ajudam a
aumentar os níveis de colesterol “bom”. O médico recomenda que o
azeite seja sempre puro e de excelente qualidade. “O benefício é atingido
quando se ingere azeite de oliva puro, sem misturas, e preferencialmente sem
aquecer, já que o aquecimento pode promover a saturação das gorduras
monoinsaturada com consequente perda de suas propriedades benéficas”,
destaca o cardiologista.

Alguns
alimentos são constantemente associados com benefícios para o coração, mas não
foram estudados o suficiente e nem comprovaram a sua eficácia real. É o caso
das frutas ricas em vitamina C, como laranja, morango e acerola, chocolates
puros (+70%), que contêm grandes quantidades de antioxidantes, e portanto,
fazem bem à saúde, mas não necessariamente para o coração.

O alho
também tem sido citado como benéfico. “Existem alguns estudos demonstrando
efeitos benéficos do alho na redução das gorduras do sangue e, portanto, do
colesterol, na redução da agregabilidade das plaquetas, reduzindo assim o risco
de coágulos que poderiam causar infarto e aumento no relaxamento das artérias,
reduzindo assim a pressão arterial”, Dr. Augusto informa.

Outros
alimentos surpreendem ao ser associados com a saúde do sistema cardiovascular,
como o vinho e suco de uva, pois possuem resveratrol. “Estudos mostram que
o resveratrol é capaz de aumentar os níveis da fração HDL do colesterol,
reduzir os radicais livres e diminuir a coagulação de forma adequada, assim
evitando eventos como o infarto do miocárdio”, conclui e também recomenda
moderação, especialmente se tratando de álcool.