Nunca visto antes: um diamante é encontrado dentro de outro diamante

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de outubro de 2019 às 21:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:53
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Com uma pedra alojada dentro da outra, gema raríssima foi apelidada de Matrioska, nome de uma boneca russa

O diamante 'Matrioska' visto em um microscópio: 'único na história da mineração'

Um diamante raríssimo foi encontrado em uma mina na região de Iacútia, na Sibéria, extremo-oriente da Rússia. Ou melhor dizendo: dois diamantes. Em um só!

De forma extraordinária, a gema é composta por dois diamantes: um maior, com uma cavidade interna, onde uma pedra menor se desenvolveu de forma completamente autônoma.

Segundo relatos reproduzidos pelo jornal local Siberian Times, é possível ver a pedra menor se movendo dentro da “barriga” do diamante maior. 

Mas apenas no microscópio, já que o diamante maior mede menos de 5 milímetros, enquanto o menor não chega a 2 milímetros.

A descoberta foi registrada pela empresa estatal de mineração Alrosa, que batizou o diamante duplo de Matrioska, em referência às tradicionais bonecas russas que carregam

‘Criação única da natureza’

Ainda não se sabe quanto pode valer o diamante duplo, que se estima ter mais de 800 milhões de anos.

De acordo com o Siberian Times, a empresa russa deve enviar o diamante “grávido” para o Instituo Gemológico dos EUA para análises mais aprofundadas.

“Até onde sabemos, não existe nada igual na história da mineração de diamantes global’, disse à impressa Oleg Kovalchuk, representante da Alrosa.

Normalmente, explicou Kovalchuk, as cavidades que se surgem no longuíssimo processo de formação dos diamantes são preenchidas por outros minerais.

O diamante duplo da Sibéria é, na avaliação do especialista, “uma criação única da natureza”.


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