Número de motoristas embriagados cresce, diz o Ministério da Saúde

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de abril de 2017 às 19:36
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:10
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A polícia de Franca tem registrado, diariamente, ocorrências de motoristas embriagados

A polícia de Franca tem registrado, diariamente, ocorrências de motoristas dirigindo embriagados pelas ruas da cidade. 

Em alguns casos, eles entram em rodovias movimentadas como a Cândido Portinari e a Ronan Rocha. Em outros, mal têm condições de descer do veículo, como caso registrado essa semana na cidade.

Mas nem as campanhas, as multas pesadas, que passam de R$ 2 mil em casos de flagrante, o processo administrativo que pode deixar a pessoa sem CNH e a perda de pontos têm coibido os motoristas de ingerir bebidas alcoólicas e dirigir.

Números oficiais demonstram essa realidade. Depois de um breve período de queda, o Ministério da Saúde fez uma pesquisa que revela que 12,9% dos homens e 2,5% das mulheres admitem dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas.

Os dados são preocupantes, já que em 2013, um ano depois da criação da Lei Seca, os índices entre o público masculino haviam caído para 9,4% e das mulheres, para 1,6%. Com leis mais rígidas, o crime de trânsito tem se tornado contraditoriamente mais incidentes.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, no entanto, chamou a atenção para a expansão do problema entre mulheres. 

Em 2006, 7,8% referiam consumo abusivo de bebida alcoólica. Esse porcentual agora é de 12,1%. “É um aumento de 50%. Não é desprezível. Mostra que as mulheres estão mais na cervejinha”, disse Barros. Entre o público masculino, o consumo abusivo passou de 25% para 27,3%.

Barros afirmou ser necessário reforçar as campanhas de prevenção. “A gente precisa insistir nisso. A campanha contra o tabagismo foi muito eficiente ao longo do tempo, se reduziu muito o número de fumantes. A de álcool não”, explicou.


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