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Está caindo a cada dia o número de francanos que cumprem o isolamento social por causa do coronavírus
O número de francanos que estão cumprindo o isolamento social
para evitar a proliferação e a transmissão do coronavírus caiu de 56% para 48%,
em apenas 4 dias.
Os
números foram obtidos a partir da utilização da tecnologia de movimentação, que
são impessoais. O governo do Estado firmou parceria com as operadoras
telefônicas para o fornecimento dos dados.
O Jornal da Franca obteve com
exclusividade cópias dos mapas sobre as regiões de Franca que estão cumprindo
ou deixando de cumprir o isolamento.
As
autoridades sanitárias e epidemiológicas de Franca estão trabalhando com os
dados, mas não podem fazer muito mais do que apelar para as pessoas ficarem em
casa.
O objetivo é conscientizar a população a manter o isolamento,
porque agora é o período mais crítico de transmissão do vírus, depois de um
período de incubação.
E
as projeções são de uma evolução exponencial.
O
governo tem em mãos a movimentação das pessoas em todos os municípios paulistas
e, dentro dos municípios, os movimentos dentro de cada célula de Estação Rádio
Base, que permite saber como está o isolamento.
Os
mapas sobre Franca mostram algumas regiões que têm menos de 20% de pessoas
cumprindo o isolamento.
Apenas
quatro microrregiões da cidade cumpriram mais de 60% de isolamento. A média
geral é ficou em 48%.
O
médico Homero Rosa Júnior, diretor da Vigilância Epidemiológica, disse que, sem
querer ser pessimista, acredita que o pior ainda está por vir.
“Teremos
uma fase muito crítica, porque ainda está havendo um período de contaminação e
quanto mais as pessoas estiverem em movimento mais expostas elas estarão”,
disse.
Para
ele, depois da contaminação vem a fase da manifestação do Covid-19, o que leva
as pessoas para os hospitais.
Franca
tem uma estrutura preparada uma vida normal, mas não para uma situação anormal.
“Franca
é centro de referência regional, portanto atende a população de várias cidades
próximas, que, somadas, dá cerca de 800 mil pessoas”.
“Nossa
estrutura oferece cerca de 35 leitos de UTI para Covid-19, neste momento, com
respiradouros. Se o número de pacientes for maior, não há como atender”.
Por
isso ele diz – e até apela – para as pessoas ficarem em casa, evitar serem
contaminadas, evitarem passar o vírus para frente. “Só assim chegaremos bem ao
final de tudo isso”.