Número de consumidores inadimplentes subiu 3,63% no mês de agosto

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 13 de setembro de 2018 às 22:48
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:00
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Mais de 62 milhões estão com as contas atrasadas, o que representa metade da população adulta brasileira

Pesquisa do Serviço
de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL) aponta que o indicador de inadimplência do consumidor avançou
3,63% no último mês de agosto. Segundo a apuração, o indicador cresceu pelo 11º
mês seguido na comparação anual da série histórica, e estima-se que
aproximadamente 62,9 milhões de brasileiros estejam com contas atrasadas, o que
representa quase a metade da população brasileira adulta.

Apesar do aumento de brasileiros com as contas atrasadas na
comparação anual, o dado mensal registrou uma ligeira queda na taxa de
inadimplência na passagem de julho para agosto, diminuindo em 0,71% a
quantidade de pessoas com o nome sujo.

No total do crescimento registrado na comparação anual, o mês de
agosto apresenta um crescimento modesto em relação aos meses de junho e julho,
que registraram aumento de 4,07% e 4,31%, respectivamente.

A análise do indicador por região mostra ainda que, só na Região
Sudeste, o aumento foi de 10,52%; seguido pela Região Norte, com alta de 3,76%;
Nordeste (3,22%); Sul (2,76%) e Centro-Oeste (1.87%).

De acordo com a apuração, o ranking do número de inadimplentes
por região é puxado pelo Norte, onde 49% de sua população adulta está com o CPF
restrito, o que representa 5,9 milhões de consumidores negativados. Atrás estão
o Nordeste, com 17,4 milhões de inadimplentes (43% da população adulta); o Centro-Oeste,
com 5 milhões (42%); o Sudeste, com 26,1 milhões de negativados (39%); e o Sul,
com aproximadamente 8,5 milhões de devedores (37%).

Jovens, adultos e idosos

A pesquisa revela ainda que o aumento mais acentuado no número
de endividados cresce mais entre a população idosa. Na comparação entre agosto
de 2018 e o mesmo período do ano passado, aumentou em 9,56% a quantidade de
inadimplentes com idade de 65 a 84 anos. Atrás estão os brasileiros com idade
entre 50 a 64 anos, com alta de 6,26%; de 40 a 49 (4,77%); e 30 a 39 anos
(1,69%). O indicador aponta também houve queda entre a população mais jovem,
com idade entre 18 e 24 anos, que registrou recuo considerável de -23,20%, e na
faixa etária entre 25 e 29 anos, com recuo de -5,63%

Em números absolutos, a maior parte de brasileiros com o nome
sujo é compreendida na faixa dos 30 aos 39 anos, com 17,9 milhões de pessoas
que não conseguem honrar seus compromissos financeiros. Na sequência, adultos
com idade entre 40 e 49 anos (14,1 mi); entre 50 e 64 (13 mi); e idosos entre
65 e 84 anos (5,4 mi). Na população jovem, são 7,8 milhões de inadimplentes com
idade entre 25 e 29 anos e 4,5 milhões de pessoas que tem entre 18 e 24 anos.

O indicador de inadimplência tem como foco de análise todas as
informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil e a CNDL têm
acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e municípios dos 27
estados brasileiros.


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