Novo golpe do FGTS alcança mais de 70 mil no Brasil pelo WhatsApp

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de abril de 2018 às 13:23
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:40
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Fraude promete resgate de valores de até R$ 1,9 mil a pessoas que tiveram trabalho formal entre 98 e 2018

A PSafe, por meio de seu
laboratório especializado em cibercrimes, identificou um
novo golpe envolvendo suposto saque do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS). Mais de 70 mil usuários do app “dfndr security” foram
impedidos de acessar a nova armadilha, que está no ar desde o último dia 06 de
abril, sexta-feira. A fraude promete resgate de valores de até R$1,9
mil a pessoas que tiveram um vínculo formal de trabalho em algum período entre
1998 e 2018.

A
página falsa, espalhada por meio do WhatsApp, é parecida com outra URL
maliciosa que alcançou mais de 360 mil pessoas em maio de 2017, mesma
época em que houve de fato liberação de dinheiro de contas inativas do FGTS.

Ao
acessar o link, a vítima é induzida a responder algumas perguntas, como “você
está registrado atualmente?” e “é maior de 18 anos?”.

Estes
questionamentos, no entanto, são apenas para disfarçar o golpe.
Independentemente das respostas, o usuário é encaminhado a uma nova página
que supostamente atesta o direito de receber o dinheiro e pede para que ela
compartilhe a página com amigos antes de mostrar uma lista com nomes de
beneficiários. 

Desta
forma, o cibercriminoso consegue disseminar com maior velocidade o
seu golpe no WhatsApp, atingindo um maior número
de vítimas.

De acordo
com Emílio Simoni, diretor do laboratório da PSafe, o objetivo desse golpe é encaminhar o usuário a se cadastrar em serviços
de SMS pago. “A partir do momento em que este cadastro ocorre, sem perceber, a
vítima fica vulnerável a cobranças indevidas”, explica.

Com
a intenção de dar mais autenticidade ao ataque, os hackers criam comentários de
falsos usuários elogiando a promoção, dizendo, por exemplo, “acabei de sacar o
meu”, “deu certo comigo” e “meu nome está na lista, vou sacar”.

Simoni
diz que, para não cair em golpes desse tipo, é preciso adotar soluções de
segurança que disponibilizam a função de bloqueio anti-phishing, como o próprio
“dfndr security”, cujo sistema é capaz de analisar todas as
ameaças existentes no mundo virtual e bloqueá-las instantaneamente. “Além
disso, é importante que o usuário crie o hábito de se certificar se as páginas
de promoção e de Facebook realmente pertencem às marcas
mencionadas”, completa o diretor do laboratório da PSafe. 
   

Em posicionamento sobre
o caso, a Caixa Econômica Federal esclarece que não envia mensagens sobre
saques das contas vinculadas ao
FGTS e que disponibiliza orientações de segurança em
seu portal da internet e em suas agências com o objetivo de alertar seus
clientes quanto a golpes, seja por e-mails, spam, WhatsApp, sites falsos
ou por telefone
.


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