Novo comandante da PM cita reincidência criminal como desafio na região

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de maio de 2018 às 17:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:43
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Novo comandante da PM comenta ações para conter o crime em Ribeirão Preto e em Franca

O ​novo comandante da Polícia Militar na região de Ribeirão Preto (responsável também pela região de Franca), Carlos Alberto Machado, considera a reincidência criminal um dos desafios da segurança pública.

Em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo o coronel disse que a implantação de um policiamento inteligente e uma maior aproximação com a comunidade como estratégias para reduzir estatísticas de delitos como furtos e roubos. De janeiro a março deste ano foram 3,9 mil ocorrências somente em Ribeirão, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP/SP).

“Efetuamos muitas prisões no ano de 2017, já temos um alto número de prisões em 2018. O problema é que também a gente se depara é que o criminoso não fica preso, então há uma reincidência criminal pelo mesmo criminoso que joga esses números lá em cima, apesar de estarmos em redução”, afirmou.

Ele foi designado pelo Governador Márcio Françano final de abril e assumiu a coordenação regional da PM no lugar do coronel Washington Luiz Gonçalves Pestana, que entrou em 2017 e agora lidera a Escola de Educação Física da PM, em São Paulo.

Nascido em Ribeirão, Machado formou-se na PM em 1989 e já chefiou regionais da corporação em Osasco (SP) e Araçatuba (SP). Doutor em ciências policiais de segurança e ordem pública e especialista em sistemas de inteligência policial de segurança pública, ele responderá por 93 municípios circunscritos ao Comando de Policiamento do Interior (CPI-3), com uma população estimada em 4 milhões de pessoas.

O novo comandante da PM na região de Ribeirão Preto, Carlos Alberto Machado (Foto: Reprodução/EPTV)

Mudanças

O comandante reconhece que o principal município da região demanda um efetivo maior de policiais nas ruas, mas disse que espera que essa situação mude com a formação de novos profissionais.

“Com relação ao efetivo temos em Ribeirão Preto alguns claros. Estamos com uma escola de formação com a probabilidade de os policiais ficarem aqui e reforçar o policiamento, lembrando que o policial militar, assim como todos nós, são seres humanos. Por trás de um colete é um ser humano dotado de defeitos, virtudes, mas que imbuído, vocacionado e bem preparado, preparado para atender a comunidade”, disse.

Sede do Comando do Policiamento Interior (CPI-3) em Ribeirão Preto (SP) (Foto: Rodolfo Tiengo/G1)

A aproximação com os moradores, por meio de reuniões com representantes de conselhos municipais de segurança, é uma das tarefas que ele promete adotar em sua gestão.

“Por meio dos meus comandantes territoriais da cidade de Ribeirão Preto e região vamos fazer e intensificar reuniões com a comunidade pra que a gente discuta segurança como um todo.”

Ele também disse que pretende colocar em prática no CPI-3, como complemento ao trabalho preventivo, um policiamento inteligente baseado em um sistema de monitoramento geocriminal a fim de agilizar a chegada do efetivo no momento das ocorrências e atuar de maneira mais eficaz em locais que concentram crimes.

“Com o policial na frente da tela vendo o criminoso migrar e as ocorrências acontecerem no momento em que elas estão acontecendo, consigo dinamizar a mudança do meu policiamento que já existia na área para esse tipo de ocorrência, atuando na vulnerabilidade das pessoas”, explica.

(Com informações do G1)


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