Musicoterapia tem eficácia comprovada no tratamento de diferentes patologias

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  • Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 13:28
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:32
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Benefícios da música podem ser vistos em casos como dificuldade de aprendizagem, autismo e outros

Quem nunca escutou uma música relaxante ou agradável aos ouvidos e se sentiu de bem com a vida, com mais vontade de viver? Esse é o princípio da chamada Musicoterapia, um tratamento realizado por meio de sons e canções. “A musicoterapia é a utilização terapêutica dos elementos sonoro-musicais com o intuito de propiciar saúde, bem-estar e qualidade de vida ao ser humano”, explica o musicoterapeuta Mauro Lúcio Ferreira.

Formado pela Universidade de Ribeirão Preto, Magister em Musicoterapia pela Fundación Benenzon de Musicoterapia e PhD em Musicoterapia e Morte pela Universidad de Buenos Aires, Mauro faz uso da música em diferentes ambientes, com indivíduos de quaisquer idades, de forma individual ou em grupo, procurando melhorar a qualidade de vida e suas condições nas áreas física, emocional, mental, social e espiritual. “O que me motivou a trabalhar com a musicoterapia foi a possibilidade de utilizar a música e os sons em processo terapêutico como uma possibilidade de acesso à realidade psíquica do paciente”, revela.

A musicoterapia procura descobrir potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo, de modo que alcance uma melhor organização intra e/ou interpessoal e, consequentemente, uma qualidade de vida ainda melhor. “A aplicação terapêutica da música e seus elementos se desenvolvem em sessões individuais ou em grupo, com base nas necessidades do cliente através de técnicas como relação, improvisação, escuta musical, escuta para ação, estimulação perceptiva, composição, ressignificação, recriação, jogos musicais, composição, relaxamento, expressão vocal e canto, entre outras”, explica Mauro.

Ele esclarece que o uso dos recursos sonoros e musicais inseridos em um processo terapêutico pode vir a ser uma via expressiva que se presta a auxiliar o paciente a manifestar seus afetos de uma forma simbólica, por meio da qual o paciente pode descobrir aspectos seus que antes estavam obscuros e se reconhecer no produto sonoro e musical, resultado do processo de criação.

Como ela funciona

Segundo ele, a música atua no cérebro facilitando o entendimento de funções cognitivas e induz à produção de substâncias químicas relacionadas ao estado de prazer e bem-estar, como dopamina e a serotonina, auxiliando na diminuição da dor, do estresse, dos conflitos e dos traumas. Por conta disso, a musicoterapia apresentou benefícios em grandes centros hospitalares dos EUA e Europa quando indicada para casos como estimulação essencial com bebês e gestantes; distúrbios mentais e sensoriais; alteração cognitiva após Acidente Vascular Cerebral e após traumatismo crânio-encefálico; distúrbios e dificuldade de aprendizagem; dislexia; transtorno de déficits de atenção e hiperatividade; perda de habilidades motoras; transtorno cognitivo leve; luto; autismo; Alzheimer; pacientes em estágio terminal e outros. “Os efeitos da musicoterapia podem ser sentidos ao longo do tempo, entre eles, o desenvolvimento da coordenação motora, maior expressão corporal e reintegração social”, salienta Mauro, que completa: “a musicoterapia também produz benefícios instantâneos, como a melhora do humor, melhora na autoestima, melhor disposição física e mental, melhor concentração e alívio das dores”, finaliza.

NO FOCO

Mauro Lúcio Ferreira – Musicoterapeuta

Telefone: (16) 9.8115-5853